Há 9 discos inéditos de Bernardo Sassetti por editar. Apoio do estado foi rejeitado mas já há uma entidade interessada

por Comunidade Cultura e Arte,    8 Abril, 2018
Há 9 discos inéditos de Bernardo Sassetti por editar. Apoio do estado foi rejeitado mas já há uma entidade interessada
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O pianista português Bernardo Sassetti faleceu em Maio de 2012, quando tinha apenas 41 anos, ao cair de uma falésia, em Cascais, nos arredores de Lisboa, quando fotografava.

A Casa Bernardo Sassetti, uma associação sem fins lucrativos, candidatou-se este ano pela primeira vez ao apoio da Direção-Geral das Artes (DGArtes), mas a candidatura foi rejeitada por falta de ligação à autarquia. No entanto, já há uma entidade interessada em difundir a obra inédita que está por editar, revelou a também pianista e directora da associação, desde Janeiro de 2018, Inês Maya Laginha ao Diário de Notícias.

A associação cultural foi criada em Setembro de 2012 “como resposta ao vazio deixado pelo desaparecimento prematuro do artista Bernardo Sassetti” e “tem por missão catalogar, conservar, estudar, editar e divulgar o trabalho mais conhecido e também o trabalho inédito do artista” e “é sua intenção agilizar, desta forma, o acesso dos profissionais da música e do público em geral ao vasto espólio disponível”, pode ler-se no site da instituição.

Agora, e segundo Inês Maya Laginha, em declarações ao DN, “Temos neste momento nove discos inéditos para editar: apresentações ao vivo, outros foram gravados com o intuito de virem a ser editados um dia, outros são de estúdio. Há um bocadinho de tudo, e com várias formações diferentes; há música muito bonita e maravilhosa, e faz todo o sentido estar cá fora.“, revelou a directora que acrescentou ainda: “Não conseguimos fazer muitas actividades, porque o espólio está bloqueado. A morte do Bernardo foi muito inesperada. As coisas estão exactamente como ele as deixou. Não há cópias e é muito perigoso mexer naquilo. Evitamos ao máximo ir lá, o que bloqueia aquilo que nós mais queremos: ter a música do Bernardo disponível para toda a gente”.

Até agora, e por falta de financiamento, a Casa Bernardo Sassetti tem estado “dependente de amigos e família. Uma coisa que teria sido importante no apoio da DGArtes é ter dinheiro para pagar a alguém para trabalhar. Todas as pessoas que estão a trabalhar neste momento dão o tempo que podem dar: reunimo-nos, arranjamo-nos, damos horas de almoço. Todas as pessoas têm feito isto por amor ao Bernardo“, revelou Inês Maya Laginha no mesmo artigo do Diário de Notícias.

https://www.youtube.com/watch?v=29iiGZdO7sg

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