Já saiu “Moxi”, o esperado disco de estreia de Toty Sa’Med
Um disco de vulnerabilidade, fragilidade — como ser humano e homem —, de amores e desamores, de frustrações e momentos felizes.
Saiu nesta sexta-feira, dia 21 de Outubro, o disco Moxi de Toty Sa’Med. Chama-se Moxi porque é o primeiro disco do cantautor angolano e porque, na sua língua mãe kimbundu, quer dizer primeiro, ou um. Toty Sa’Med não é, porém, novato nestas andanças. Curioso das musicalidades que lhe moldaram o percurso de vida, Toty Sa’Med foi crescendo artisticamente em Luanda, sem gravar qualquer registo em nome próprio. A meio da década de 2010, foi ao Rio de Janeiro com Aline Frazão e aí conhece Kalaf Epalanga (escritor, produtor, outrora um dos membros de Buraka Som Sistema). A partir daí, Toty Sa’Med e Kalaf Epalanga iniciam uma colaboração que dura até aos dias de hoje, quer na colaboração de Toty Sa’Med no espectáculo que Kalaf organizou e protagonizou no CCB em 2015, com leituras de O Angolano que Comprou Lisboa (Por Metade do Preço) (Caminho) entrelaçadas com musicalidades angolanas, quer na co-produção do primeiro EP de Toty, Ingombota (2016) onde se reúnem alguns clássicos do cancioneiro angolano.
A partir daí, Toty Sa’Med volta a colaborar com Aline Frazão, compõe, em conjunto com José Eduardo Agualusa para Ana Moura, colabora e compõe para Dino d’Santiago, Cristina Branco ou Kady. Em 2017, grava Brincar de casamento com Sara Tavares e em 2019 lançou o single Maldita, num dos primeiros passos para o já muito esperado longa-duração. Em 2020, muda-se para Lisboa para finalmente gravar o seu primeiro disco, onde acaba por ficar mais tempo do que o esperado por causa da pandemia. Entretanto, colaborou com Bateu Matou e com Irma.
Moxi saiu finalmente esta sexta-feira, e conta com a produção executiva de Seiji e de Kalaf Epalanga. Um disco de vulnerabilidade, fragilidade — como ser humano e homem —, de amores e desamores, de frustrações e momentos felizes. É também, nas palavras de Toty, “uma carta de amor a Luanda, aos seus sons, gentes e tons, ritmos, batidas e principalmente as vozes”. Moxi é um disco “intimista e envolvente, cantando palavras de forma calorosa, tanto num português cristalino, como recorrendo a expressões angolanas, deixando-se levar pelo balanço sensorial da música, sendo capaz de nos transportar tanto para as noites quentes de Luanda, como para a Lisboa dos recantos afro-cosmopolitas, ou para as avenidas urbanas tingidas de funk do Rio de Janeiro ou de Nova Iorque”.
Já disponível nas principais plataformas de streaming, será possível também assistir à apresentação do disco no Lux, já no próximo dia 27 de Outubro, e os bilhetes poderão ser adquiridos aqui.