Já se conhecem os vencedores dos Prémios de Reconhecimento do Plano Nacional das Artes 2024
O Plano Nacional das Artes (PNA) anunciou os vencedores dos Prémios de Reconhecimento PNA 2024, numa cerimónia realizada no Centro Cultural de Belém (CCB). Estes prémios reconhecem iniciativas, instituições e pessoas que, através da arte e da educação, têm promovido a democracia cultural e transformado as comunidades.
Os prémios foram atribuídos com base nas indicações feitas pelos coordenadores intermunicipais do PNA, profissionais que trabalham de perto com as instituições e pessoas nos vários territórios educativos do país, acompanhando de forma próxima os projetos de educação artística e cultural.
O júri integrou as seguintes personalidades:
Antonieta da Costa Ferreira, especialista em Avaliação Educacional e diretora pedagógica da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Domingos Fernandes, professor catedrático no Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas do Instituto Universitário de Lisboa-ISCTE e atual Presidente do Conselho Nacional de Educação.
Dóri Nigro, performer e educador brasileiro residente em Portugal.
Luísa Corte Real, coordenadora de Projetos Educativos no Teatro Nacional de São João.
Susana Gomes da Silva, coordenadora de Educação, Mediação e Participação no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
Maria de Assis, Presidente do Conselho Consultivo do PNA.
Os indicados e vencedores deste ano foram anunciados nas seguintes categorias:
1. Arte e Vida – Elvira Leite, Madalena Victorino, Madalena Wallenstein, Maria Emília Brederode dos Santos e Silvia Bereny Teixeira Lopes
Madalena Victorino foi premiada pela sua longa trajetória de trabalho em comunidades vulneráveis, utilizando a arte para promover a inclusão e a transformação, ativando espaços comuns de construção coletiva.
2. Território e Democracia Cultural – Câmaras Municipais do Fundão, de Loulé, de Odemira, de Torres Vedras e de Braga
Câmara Municipal de Braga, representada Senhora Vereadora, Dra. Olga Pereira, destacou-se com o Programa ATLAS, que promove o acesso à cultura e o envolvimento de jovens em atividades artísticas que incentivam a cidadania ativa, nomeadamente através de um assinalável número de residências artísticas nas escolas.
3. Fruição e Mediação – a Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra; a Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas de São Miguel, Açores; a DST Group, empresa na área da engenharia & construção; a Fundação Eugénio de Almeida em Évora; e o Festival Indie Júnior
Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, representada por Diretor da Bienal, Carlos Antunes, foi premiada pela sua abordagem inovadora de mediação entre arte e educação, mobilizando escolas e comunidades para uma participação crítica nas exposições, onde professores e alunos contribuem para a curadoria e fruição de projetos.
4. Indisciplinar a Escola – Planos Culturais de Escola a Escola Básica Integrada da Horta, no Faial, Açores; o Agrupamento de Escolas (AE) de Ponte da Barca; o AE de Portel; o AE Rafael Bordalo, Pinheiro das Caldas da Rainha; e o AE Sudoeste de Odivelas.
Escola Básica Integrada da Horta, representada pela professora Rita Mendes, destacou-se pelo seu plano cultural de escola, que promove a aprendizagem colaborativa e a cidadania ativa através de práticas artísticas e culturais, envolvendo a comunidade escolar e local, com a orientação de uma artista residente e da escuta de jovens.
5. Participação e Inclusão – Associação Umcoletivo de Portalegre, a Associação Vo’arte de Lisboa com o projeto Geração SOMA, o projeto Casa da Avenida em Setúbal, a Companhia Dançando com a Diferença do Funchal e Viseu e a Associação Cultural Sete Anos / Sete Escolas de Almada.
Companhia Dançando com a Diferença, representada por Diretor Artístico da DcD,
Henrique Amoedo, foi reconhecida pelo seu trabalho inclusivo e impactante, que envolve artistas com deficiência em projetos performativos, promovendo a representatividade e a diversidade, enquanto promove parcerias locais e de elevada exigência com as escolas.
Os prémios deste ano mostram a força das parcerias entre educação e cultura no nosso país. Estamos a ver resultados tangíveis de inclusão e cidadania ativa e é com orgulho que celebramos estas entidades e pessoas que são essenciais para o presente cultural de Portugal.