Jameson Urban Routes está de volta!
Regressa em Outubro o festival do Musicbox. De 24 a 28 de Outubro serão cinco dias, 13 sessões, 26 projetos musicais, 34 horas de música que pretendem explorar e dar a conhecer algumas das tendências globais bem como olhar sobre o ombro e perceber que herança e relevância o passado continua a ter nas nossas vidas. O festival que celebra a sua 11.ª edição procura reflectir na sua programação a filosofia que o Musicbox assume perante a cidade ao longo do ano. Um resumo onde se faz futurologia de tendências enquanto se recuperam nomes consagrados em combinações muitas vezes inusitadas.
PROGRAMAÇÃO
TERÇA-FEIRA, 24 de OUTUBRO
SESSÃO 01 | 21h30 – 00h00
bilhete sessão: 15€
HAVOC (Mobb Depp) Feat. BIG NOYD
Esta será indiscutivelmente uma das rimas mais conhecidas do rap contemporâneo. Definir Havoc é algo que requer um brainstorming exaustivo, sobretudo no momento de travar a quantidade de adjectivos proficientes que o definem. Havoc é um MC proeminente, com um carisma irrefutável e que sempre acompanhou a fasquia elevadíssima de Prodigy, mas é enquanto beatmaker e produtor que o seu trabalho assume contornos de genialidade.
É das mãos de Havoc que nascem temas como Shook Ones (Part II), Survival of the Fittest, Hell on Earth, Quiet Storm ou It’s Mine. Músicas como estas são apenas uma fracção mínima de um reportório absolutamente notável. Com quatro álbuns a solo e um par de álbuns instrumentais, Havoc é um artista completo e acima de tudo consistente. Para além do seu trabalho enquanto beatmaker, onde já colaborou com nomes como Notorious B.I.G., Eminem, Nas, The Game ou Kanye West, Havoc lançou recentemente o álbum The Silent Partner em parceria com The Alchemist.
Havoc será acompanhado por Big Noyd, rapper desde sempre ligado ao colectivo Mobb Deep e para o qual produziu quase na totalidade o seu primeiro álbum de originais “Episodes of a Hustla”, um clássico do circuito underground nova-iorquino.
QUARTA-FEIRA – 25 OUTUBRO
SESSÃO 02 | 21h30 – 00h00
BLACK BOMBAIM & PETER BRÖTZMANN
SCURU FITCHÁDU
bilhete sessão: 15€
Passe diário (todas as sessões de quarta-feira): € 25,00
A colaboração entre a banda de stoner rock psicadélico Black Bombaim e o saxofonista tenor Peter Brötzmann, um dos fundadores do free jazz europeu, surgiu de um desafio lançado pelo programador do Festival Rescaldo em 2016. Improvável apenas aos olhos de alguns, estas colaborações não são novidade para nenhum dos artistas: os Black Bombaim já tinham colaborado com outros saxofonistas de jazz como Rodrigo Amado ou Steve Mackay, e o fascínio de Peter Brötzmann por outras sonoridades que não as jazzísticas levou-o a colaborações com artistas que o aproximaram de outros géneros como o rock ou o noise, destacando-se a colaboração com o grupo Public Image Ltd e a sua participação enquanto membro dos Last Exit.
No espaço de três dias, o saxofonista alemão e o trio barcelense conheceram-se, ensaiaram pela primeira vez, deram dois concertos e gravaram nos Estúdios Sá da Bandeira um disco homónimo que fixa a colaboração Black Bombaim & Peter Brötzmann (2016), editado pela Shhpuma e Lovers & Lollypops. Considerado um dos discos de 2016 por publicações como The Wire e Stereogum, o álbum resultou num jogo de perguntas e respostas entre o saxofone e o instrumental baixo-guitarra-bateria dos Black Bombaim, baseado na livre improvisação, gerando uma sonoridade visceral que quebra quaisquer barreiras sónicas que pudessem existir entre o free jazz e o rock psicadélico.
Scúru Fitchádu (escuro cerrado em crioulo cabo-verdiano) é o projecto a solo do produtor cabo-verdiano Marcus Veiga, a.k.a Sette Sujidade, nascido em 2015 em Almada. O primeiro EP saiu em 2016, auto-intitulado de Scúru Fitchádu.
Com influências que vão desde Bitoria nha Bibinha a The Prodigy ou Mata-Ratos, o produtor combina os ritmos do funaná com a electrónica lo-fi e dissonante, orientando-se pela estética e a linguagem do punk e hardcore, facilmente reconhecida no ritmo cinético da batida e na intensidade vocal. Como se esta mescla não fosse suficiente para fazer de Scúru Fitchádu algo inédito, a concertina, instrumento central no funaná, assume também neste projecto as vezes da guitarra no punk, através de progressões harmónicas aceleradas, acompanhando um triângulo de ferro que funciona como uma espécie de metrónomo que acentua o número de batidas por minuto. Scúru Fitchádu é punk e sujidade pura.
SESSÃO 03 | 00H30 – 03H
LONE
CAROLINE LETHÔ
Bilhete sessão: 12€
Passe diário (todas as sessões de quarta-feira): € 25,00
LONE é Matt Cutler, DJ e produtor britânico nascido em Nottingham. O seu universo sónico combina techno, hip-hop, ambient e outros géneros musicais, criando assim uma atmosfera vibrante e imersiva. O artista de eletrónica já conta com sete álbuns de estúdio e há cerca de um mês lançou o terceiro volume da sua série Ambivert Tools.
Caroline Lethô é uma das promessas da música electrónica nacional. Com trabalhos editados pela AVNL Records, Extended Records e LABAREDA, Carolina Mimoso tem vindo a apresentar DJ sets em diversos clubes nocturnos nacionais, sendo artista residente na Rádio Quântica com os seus programas String Theory e Infâmia (juntamente com Nave Mãe). No Jameson Urban Routes deixa os discos de lado e apresenta o seu novo live set na pista de dança a partir do material que já tem editado.
SESSÃO 04 | 03H00 – 06H00
Solution
Solution é Tiago Carneiro, DJ referido como um dos nomes mais relevantes da noite portuense. Inspirado pelas sonoridades que estão na génese da música electrónica, o produtor e co-fundador da Terrain Ahead compõe sets surpreendentes, explorando os sons do techno e do house vindos de Detroit, Chicago ou Berlim.
QUINTA-FEIRA – 26 OUTUBRO
SESSÃO 05 | 21h30H – 00H00
YOU CANT WIN CHARLIE BROWN
O TERNO
Bilhete sessão: 12€
Passe diário (todas as sessões de quinta-feira): € 22,00
Marrow (2016) é o mais recente trabalho de originais de You Can’t Win, Charlie Brown. Mantendo a identidade sonora a que nos têm habituado, marcada pelas harmonias de vozes, neste último disco os You Can’t Win Charlie Brown distanciam-se da indie folk que os caracterizou nos dois trabalhos anteriores para dar lugar a uma sonoridade mais pop e electrónica, onde a guitarra electrica e os sintetizadores assumem um lugar de destaque.
Fundados em 2009 por Afonso Cabral, Salvador Menezes e Luís Costa, os You Can’t Win Charlie Brown, passaram rapidamente a sexteto com a entrada de David Santos, Tomás Franco de Sousa e João Gil. Para além de Marrow (2016), o grupo tem um EP homónimo lançado em 2010 e conta com mais dois longas-duração: Chromatic (2011) e Difraction/Reffraction (2014).
O Terno é um trio paulista de rock ‘n’ roll e pop experimental formado por Tim Bernardes (guitarra e voz), Guilherme d’Almeida (baixo) e Biel Basile (bateria). A banda de São Paulo é considerada como um dos nomes mais relevantes da nova geração que compõe a cena musical indie brasileira da última década, ao lado de grupos como Boogarins e Aeromoças e Tenistas Russos, sendo característica comum a todos estes grupos a sonoridade influenciada pelo rock progressivo e psicadélico anglosaxónico e pela música popular brasileira.
Depois de terem vindo a Portugal pela primeira vez ao MUSICBOX, o power trio regressa a Portugal para apresentar o seu terceiro álbum Melhor do que Parece (2016). O sucessor de 66 (2012) e O Terno (2014) foi considerado o melhor álbum de 2016 pelo jornal o Estado de São Paulo, apresentando uma versátil e consolidada identidade sonora da banda tanto a nível lírico e melódico. Melhor do que Parece (2016) é um disco de canções banhadas a sol e praia que nos levam de volta ao surf rock dos anos 1960.
SESSÃO 06 | 00H30 – 03H00
CAPTAIN CASABLANCA
LAID BACK
Bilhete sessão: 15€
Passe diário (todas as sessões de quinta-feira): € 22,00
Ao longo da sua carreira com mais de 30 anos, os Laid Back foram responsáveis por hits como White Horse, tema que os lançou nos EUA, considerado um dos marcos na história da música electrónica dos anos 80, Bakerman, Cocaine Cool e, claro, Sunshine Reggae, single que os tornou mundialmente reconhecidos e fez parte de qualquer playlist de rádios internacionais. Foram um dos primeiros grupos a construir o seu próprio estúdio, acabando por criar mais tarde uma editora, a Brother Music. Contam com mais de dez álbuns de estúdio, o mais recente, Uptimist Music, lançado em 2013.
Banda sonora ideal para qualquer viagem e presença assídua em dj sets de clubes nocturnos como o Ritz ou o Lux, pop banhada a disco e new wave dos Laid Back mantém vivo o universo da pop dos anos 80. O duo dinamarquês que junta Tim Stahl e John Guldberg espera desde 1981 pela oportunidade para actuar em Portugal, sendo que a única vez que veio a Portugal foi para receber o Disco de Ouro pela canção Sunshine Reggae. Dia 26 de Outubro de 2017, fazemos história no Jameson Urban Routes.
Na noite em que celebramos a música dinamarquesa, Caspar Clausen apresenta-se ao público nacional enquanto Captain Casablanca. Conhecido por ser o vocalista dos grupos dinamarqueses Efterklang e Liima, Caspar, Caspar, actualmente a viver em Portugal, dá a conhecer a sua nova identidade musical.
SESSÃO 07 | 03H00 – 06H00
Xinobi featuring Da Chick
Xinobi vai conduzir o clubbing do dia 26 de Outubro com a participação especial da Da Chick, a.k.a Foxy Lady. Os dois membros fundadores da Discotexas e membros da Discotexas Band, preparam um dj set a quatro mãos, com a voz de Da Chick, à medida do que a Discotexas nos tem vindo a habituar: vai ter funk e muito groove.
SEXTA-FEIRA – 27 OUTUBRO
SESSÃO 08 | 21H30 – 00H00
Stone Dead + Black Lips
Bilhete sessão: 20€
Passe diário (todas as sessões de sexta-feira): € 27,00
Em meados de 2000, dois amigos numa aldeia perdida para os lados de Alcobaça descobriram o punk. O pai de um tinha uma bateria e o outro arranjou uma guitarra. Jonas Gonçalves aprendeu a tocar guitarra, Bruno Monteiro dedicou-se à bateria e aos vocais e, em 2009, os dois formam uma banda de covers com outros dois amigos. Anos mais tarde, em 2012, nascem oficialmente os Stone Dead. Após dois EPs, em 2017 chega o exímio álbum de estreia, Good Boys, trabalho que nos mostra o rock na sua melhor forma, combinando stoner rock com elementos de psicadelismo.
A noite no Jameson Urban Routers é de rock n’ roll e quem melhor do que os Black Lips para nos mostrar a força deste género? Passados 10 anos, a icónica banda de garage rock de Atlanta regressa a Lisboa para apresentar o seu mais recente trabalho Satan’s Graffiti or God’s Art (2017), lançado no início deste ano pela secção discográfica da Vice. Neste novo disco, os Black Lips regressam aos seus primórdios, mantendo o espírito rock n’ roll e a estética punk a que sempre nos habituaram. Com quase duas décadas de carreira e com nove álbuns de estúdio, o tempo dos Black Lips ainda está longe de acabar.
SESSÃO 09 | 00H30 – 03H00
Mike Stelllar + Sherwood & Pinch
Bilhete sessão: 12€
Passe diário (todas as sessões de sexta-feira): € 27,00
À procura da batida perfeita. Esta é a missão de Mike Stellar. Sem se confinar a nenhum estilo particular, pode-se ouvir nos seus sets uma mistura explosiva de nu-jazz, breakbeat, house, techn Detroit, drum & bass e dub e uma atenção especial a pérolas perdidas das décadas de 60,70 e 80. O elemento unificador de toda esta panóplia de estilos é o groove. Já actuou nos melhores clubes e nos festivais mais importantes de Portugal. A sua faceta de programador e booker também é relevante, sendo um taste maker da club scene em Portugal, com propostas que oscilam entre a ousadia e um sentido forte das raízes da música urbana contemporânea. Foi manager dos Rádio Macau, Cool Hipnoise e Spaceboys no período 1997-2000. Faz parte da equipa da Red Bull Music Academy em Portugal desde 2004.
A dupla que junta Adrian Sherwood, nome incontornável na produção de dub, e Rob Ellis, a.k.a Pinch, referência no dubstep em Bristol, apresenta nesta noite de clubbing do Jameson Urban Routes o seu segundo álbum colaborativo Man Vs. Sofa (2017), sucessor de Late Night Endless (2015).
Adrian Sherwood trabalhou enquanto produtor com diversos artistas como Depeche Mode ou Nine Inch Nails, sendo que a proximidade com a comunidade jamaicana no Reino Unido levou-o a criar um colectivo com artistas jamaicanos chamado “Singers & Players”, promovendo-os através da sua editora On-U Sound. Deste contacto com artistas jamaicanos resultou o contacto com Lee Perry, um dos nomes mais relevantes da história do dub e reggae. Contam-se também contribuições no género industrial e no blues, sendo que o primeiro trabalho a solo só foi lançado em 2003.
Pinch, conhecido pelo seu trabalho na bass music, introduziu o dubstep em Bristol, definindo aquilo que acabou por ser a cena musical da cidade britânica. Fundou a editora Tectonic e das suas colaborações destacam-se o trabalho com Shackleton e Distance, pioneiro do género dubstep.
Os dois DJs juntam mais uma vez os seus universos e trazem à pista de dança um trabalho diversificado mas coeso, que mistura sonoridades funk, industriais, grime ou até mesmo minimalistas.
SESSÃO 10 | 03H00 – 06H00
Gusta-Vo
SÁBADO – 28 OUTUBRO
SESSÃO 11 | 21H30 – 00H00
ela minus + SURMA + AUSTRA
Bilhete sessão: 12€
Passe diário (todas as sessões de sábado): € 20,00
Uma sessão dedicada a estreias de discos. Ela Minus é o alter-ego de Gabriela Jimeno. A artista colombiana, actualmente a viver em Nova Iorque, lançou em 2017 o seu mais recente EP, Adapt, e está a acompanhar Austra enquanto banda de abertura na sua tour europeia. As influências tanto do hardcore como da música electrónica e o seu passado enquanto baterista resultam numa sonoridade fortemente ancorada nas percussões, trabalhadas a partir de sintetizadores, sequenciadores e samples de voz. Apesar de tocar canções dos seus EPs nos concertos, Ela Minus improvisa grande parte do seu set, fazendo de cada actuação uma experiência diferente.
Depois de ter sido vocalista dos Backwater and the Screaming Fantasy, Débora Umbelino lançou-se a solo em 2015 enquanto Surma. A one-woman band das guitarras, teclas, pedais, sintetizadores e loop stations procura não se prender a rótulos no que toca a definir a sonoridade da sua música, trabalhando um conjunto de elementos que vão do noise ao experimental, passando pelo jazz e pós-rock. Após dois anos de tours nacionais e internacionais, apenas com um single lançado, Surma estreia no Jameson Urban Routes o tão aguardado álbum de estreia Antwerpen (2017), com selo da Omnichord Records.
Austra, projecto de synth pop da canadiana Katie Stelmanis vem pela primeira vez a Lisboa apresentar o seu terceiro álbum de estúdio, Future Politics (2017), gravado pela Domino Records. Embora o disco tenha sido escrito e produzido antes da eleição de Trump, o lançamento do mesmo no dia da tomada de posse de Donald Trump torna difícil acreditar em coincidências.
Desde os tempos com a banda riot grrrl Galaxy que a presença da política na arte de Katie Stelmanis é uma constante, mas nunca como neste último trabalho. Em Future Politics (2017), Austra alerta para a urgência de evitar que as distopias fictícias que retratam uma sociedade alienada motivada pelo uso das novas tecnologias se tornem reais num futuro próximo, colocando-nos em confronto com as divisões sociais e as injustiças que permeiam o mundo. Ao longo do disco, Katie Stelmanis estabelece uma relação entre o político e o pessoal, demonstrando os limites frágeis entre os dois, sendo exemplo disso a quase canção de amor ao ambiente em Gaia ou 43, tema escrito da perspectiva de alguém que perdeu um ente querido no rapto e massacre dos 43 estudantes mexicanos.
Não se afastando muito da sonoridade de Feel It Break (2011) e Olympia (2013), neste último disco a electrónica synth pop de Austra apresenta-se mais imersiva, lembrando por vezes a Björk. O recurso à electrónica minimalista e os ambientes criados pelos sintetizadores conferem um cenário futurístico a Future Politics (2017), relembrando-nos que este não é apenas um disco para rodar nas pistas de dança e dançar de forma descomprometida.
SESSÃO 12 | 00H30 – 03H00
BATEU MATOU
NIGGA FOX
Bilhete sessão: 12€
Passe diário (todas as sessões de sábado): € 20,00
Bateu Matou é um projeto muito especial que nascerá no Jameson Urban Routes e que junta na mesma formação Quim Albergaria, Dj Riot e Ivo Costa.
O caminho é claro: um explosivo cocktail de influências traduzidas para pista de dança por três dos mais ecléticos e versáteis bateristas do país.
DJ Nigga Fox é um dos nomes mais sonantes da Princípe Discos, editora responsável pelas produções mais inovadoras de afrohouse no panorama nacional. O “produtor da geração iPod” apresentou-se com o EP “O Meu Estilo” em 2013, tendo lançado “Noite e dia” passado dois anos. Este ano, lançou 15 Barras, uma faixa de 15 minutos feita para uma instalação artística que depois foi editada num vinil 12”, um trabalho mais exploratório.
Nos seus sets podemos ouvir uma fusão de kuduro com ritmos como a morna, o house ou o drum & bass. Mais do que definir fronteiras, a palavra de ordem é dançar.
SESSÃO 13 | 03H00 – 06H00
TAPES
Tapes é o projecto do DJ britânico Jackson Bailey. Actuando apenas com dois leitores de cassetes, um mixer e um delay, Tapes mistura dub, library music e outras sonoridades psicadélicas. Com trabalhos editados na Jahtari ou na sua própria editora Selah Wadada, Tapes tem vindo a desafiar os limites da cassette music.
Todos os bilhetes estão à venda nos locais habituais ou em Bol.pt
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