Lana Del Rey anuncia novo álbum e responde a críticas
Esta quinta-feira (21), Lana Del Rey anunciou, numa publicação do Instagram, que irá lançar um novo álbum, a 5 de setembro. A cantora aproveitou ainda para falar sobre a sua carreira, feminismo e respondeu a críticas feitas às letras das suas músicas.
“Agora que a Doja Cat, a Ariana, a Camila, a Cardi B, a Kehlani, a Nicki Minaj e a Beyoncé conseguiram chegar ao número um do top com músicas sobre serem sexy, estarem nuas, traírem, etc – posso voltar a cantar sobre sentir-me linda por estar apaixonada, mesmo que a relação não seja perfeita, sem me acusarem de romantizar a violência?“, começa Lana.
Estes comentários não foram bem vistos por parte do público, o que fez com que Lana fosse bastante criticada nas redes sociais. Os fãs acusaram a cantora de condenar outras artistas de maneira a defender e a expressar o seu ponto de vista, pedindo também que a publicação seja apagada.
Gente vocês entenderam o significado errado da mensagem da Lana , em nenhum momento ela tentou desmerecer ninguém, antes pelo contrário ela usou elas como um exemplo de força… Ela apenas falou sobre ter sido muito criticada pelos temas de suas músicas #LanaDelRey #stopcancel
— Keke Republicano (@kelsonrepublica) May 21, 2020
The fact that four woc made history last week and their success is being belittled and degraded simply because someone (#LanaDelRey) wanted to victimize themselves and be pressed and act like a cry baby on Rihanna’s and Beyoncé’s Internet is just weird. pic.twitter.com/qCMpD3ngxj
— chelsea (@chelsmilk) May 21, 2020
Desde 2014, altura de lançamento do seu álbum Ultraviolence, que Lana del Rey é criticada por cantar sobre violência e abusos sexuais e de as suas letras atribuem um papel “submisso” e “passivo” às mulheres na dinâmica dos relacionamentos.
“Estou farta de compositoras e cantores alternativos que dizem que estou a romantizar comportamentos abusivos quando, na realidade, sou apenas uma pessoa glamourosa que canta sobre a realidade de relações emocionalmente abusivas que são predominantes no mundo inteiro.”, continua a cantora.
Ao abordar a luta pela igualdade de género, Lana del Rey, afirma que “Não é que não seja feminista, mas tem de haver um espaço no feminismo para as mulheres que têm o meu aspeto e o meu comportamento. O tipo de mulher que diz não, mas os homens ouvem sim, o tipo de mulher que é criticada por ser autêntica e delicada, o tipo de mulher cuja voz e cujas histórias lhes são roubadas por mulheres mais fortes ou por homens que odeiam mulheres”.
A cantora diz ainda que aprendeu muito “com essas críticas da treta” e abordou o sucesso dos seus álbuns mais antigos, que ajudaram “outras mulheres a não terem de fazer cara alegre.”. “Nos meus dois primeiros álbuns, se mostrasse alguma tristeza chamavam-me histérica, como se estivéssemos nos anos 20″, realçou.
No fim do seu texto, a cantora diz ainda que todas estas questões serão abordadas no seu livro de poemas, Violet Bent Backwards Over the Grass.
Lana del Rey não deu detalhes sobre o sucessor de Norman Fucking Rockwell!, álbum com o qual foi nomeada ao Grammy de Álbum do Ano, em 2020, no entanto, especula-se que o seu novo trabalho seja intitulado de White Hot Forever.
Artigo escrito por Rui Pedro Félix e originalmente publicado em Espalha Factos.