“Lê isto. Pensei em ti”
Há gestos que ficam para sempre: uma mão que nos pousa um livro no colo, um post-it colado na capa a dizer “vais adorar”, um amigo que tira um livro da mochila e diz: “Tens de ler isto. É a tua cara.” Não há algoritmo que consiga replicar esse momento.
O mais recente Barómetro Wook confirma o que já sabíamos: quando chega o momento de escolher um livro, a maioria das pessoas segue a recomendação de alguém próximo. Quem mais influencia os leitores não são anúncios nem algoritmos, mas um rosto conhecido e uma voz amiga.
Recomendar um livro é mais do que sugerir uma leitura. É oferecer um pedaço de nós, dizer sem dizer: “Isto fez-me sentir e acredito que também te vai tocar”. É um ato de intimidade e de confiança.
E se hoje fosse o dia? Aquele romance que a emocionou, o ensaio que lhe abriu horizontes, o poema que não lhe sai da cabeça: pegue neles, envie-os numa mensagem ou deixe-os à porta de alguém. Diga apenas: “Lê isto. Pensei em ti”.
É assim, de pessoa para pessoa, que a leitura se mantém viva e as histórias encontram novas casas onde morar.

