LEME: em Ílhavo, o circo continua a não ter limites mas cabe em todo o lado

por Conteúdo Patrocinado,    29 Novembro, 2021
LEME: em Ílhavo, o circo continua a não ter limites mas cabe em todo o lado
“Monstro”, por Collectif Sous le Manteau / DR
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Quando surgiu, em 2017, numa edição zero, era essa a provocação do LEME, festival de circo contemporâneo em Ílhavo: e se o circo não tivesse limites, mas coubesse em todo o lado?

A ideia era ocupar espaços não convencionais no acolhimento às artes circenses e torná-los auditórios de excelência. Desde então, mercados, escolas, centros paroquiais, a própria rua, claro, jardins, até um concessionário de automóveis, foram palcos do LEME. 

O festival arranca esta semana para a sua terceira edição, que decorre de 2 a 12 de dezembro. Uma edição maior, diluída no tempo, e especial, já que marca o regresso depois de um ano de suspensão e adiamentos. São, este ano, mais de 50 momentos, em que o LEME apresenta várias estreias nacionais e uma criação exclusiva para o festival. A programação concentra-se sobretudo nos dois fins-de-semana destes dez dias: 3, 4, 5 e 10, 11 e 12 de dezembro. Durante o intervalo entre os dois fins-de-semana acontecem oficinas e programação direcionadas às escolas do município.

Este ano, o 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, em parceria com a Bússola, voltam a apostar em espaços que se transformam e transformam o conteúdo que recebem: mais escolas, mercados, os novos Planteia e Centro de Religiosidade Marítima ou o Terminal Especializado de Descarga de Pescado — um armazém amplo, quase sombrio, mas no meio de um cenário inacreditável, de ria, grandes barcos e grandes ventos, na Avenida dos Bacalhoeiros, na Gafanha da Nazaré. É onde acontece, cinco vezes, “Albano”, a criação deste ano, que cabe a Rui Paixão. 

No seguimento do ano passado, e não se tendo concretizado a apresentação de “Irredutível”, com que arrancou em 2020, Rui Paixão, que trabalha a técnica do clown, mantém-se o criador apoiado, e apresenta um espetáculo em que explora, através da mitologia, da filosofia e do próprio público, o lugar do palhaço. 

Durante dez dias, e em mais de uma dezena de espaços do Município, há nove espetáculos de longa duração, seis internacionais, muitos deles em estreia em Portugal e cinco espetáculos pertencentes à categoria NAVEGAR (concurso anual para a apresentação de criadores emergentes no festival). Como é habitual, o LEME desafia um país convidado, sendo a França o país em destaque nesta edição. As técnicas de acrobacia de mão e mão do mastro chinês são pontos fortes da programação deste ano, bem como uma novidade: a nova magia no circo contemporâneo, que é também tema do Circus Forum. 

É que o LEME continua a sua aposta na formação, mas também no diálogo e no pensamento. Mantém-se o desafio à reflexão e ao pensamento crítico sobre circo contemporâneo, através do Circus Forum (3 de dezembro), que promove um encontro entre profissionais da área, e do Beta Circus, um projeto de cooperação europeu que seleciona artistas que serão integrados num programa internacional de capacitação em novas tendências para a criação contemporânea.

Paralelamente aos primeiros dias do LEME, acontecem as primeiras ações de preparação do Castelo de Luz, uma construção em comunidade que erguerá um farol de cartão, numa recriação do Farol da Barra, no Jardim Henriqueta Maia, no fim-de-semana de 4 e 5 de dezembro. 

Este “Castelo de Luz” é uma construção coletiva, monumental, em cartão, que desafia a população a construir em conjunto. Naquela que é, do início ao fim, uma performance comunitária, o público é convidado a construir um edifício de cartão, a partir de caixas de cartão e a demoli-lo no final, ao som de um concerto ao vivo da Banda dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo — Música Nova, na tarde de 5 de novembro. As oficinas de pré-construção deste “Castelo de Luz” já estão a decorrer na Casa da Cultura de Ílhavo.

Todo o programa do LEME e da restante programação do 23 Milhas estão no site e nas redes do 23 Milhas.

Conteúdo patrocinado por 23 Milhas.

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