Livro inédito de Herberto Helder, ‘em minúsculas’, é publicado em Maio
Herberto Helder Luís Bernardes de Oliveira nasceu no Funchal no dia 23 de Novembro de 1930. Filho de um casal puramente madeirense, contou também com duas irmãs, de nome Maria Regina e Maria Elora. Ainda no plano familiar, viria a casar-se por duas ocasiões, primeiro com Maria Ludovina Dourado Pimentel e depois com Olga da Conceição Ferreira Lima. Ainda fruto de outra relação com Isabel Figueiredo, nasceu Daniel Oliveira e Gisela Oliveira.
De 1971 a 1972, o poeta português foi jornalista durante a guerra em Angola e nessa fase escreveu crónicas e reportagens que até agora estavam inacessíveis ao grande público, embora tenham sido publicados no Notícias-Semanário Ilustrado. Estes textos vão agora dar corpo a “Em Minúsculas”, editado pela Porto Editora.
Sinopse do livro
Embora não esteja aqui coligida a totalidade das suas colaborações, todos os textos deste livro foram publicados no Notícia – Semanário Ilustrado, no período em que Herberto Helder viveu em Luanda. Correspondem a pouco mais de um ano de colaboração – entre Abril de 1971 e Junho de 1972 – em que o poeta assinou como Herberto Helder e Luís Bernardes (ou respectivas iniciais).
O livro terá prefácio do filho Daniel Oliveira. O comentador, cronista e ex-dirigente do Bloco de Esquerda revelou ao Expresso que a obra literária saíra ainda este mês e que será um olhar de Herberto Helder sobre Angola, Portugal e a classe jornalística: “Quando eu era muito pequenino, tinha dois anos, o meu pai foi para Angola durante a guerra, [para trabalhar] como jornalista. Ele tinha 40 anos. [Na verdade] ele usou o jornalismo para poder ir viver durante um ano em Angola. Foi aliás lá que acabou por conhecer a sua viúva, a mulher com quem viveu grande parte da sua vida.”, revelou o filho do poeta ao Expresso.
Para além do prefácio de Daniel Oliveira, que fez a recolha de textos e edição dos mesmos, Diana Pimentel e Raquel Gonçalves também ajudaram na elaboração de “Em Minúsculas”. A obra chega às livrarias portuguesas a 4 de Maio.
