Maria Rueff, Miguel Guilherme, Carlão, Cristina Branco e Sara Correia passam pelo Teatro das Figuras em Faro

por Comunidade Cultura e Arte,    29 Março, 2022
Maria Rueff, Miguel Guilherme, Carlão, Cristina Branco e Sara Correia passam pelo Teatro das Figuras em Faro
“Última Hora” / Fotografia de Pedro Macedo

Alguns dos artistas mais acarinhados pelo público português vão passar pelo Teatro das Figuras em Abril: Maria Rueff, Miguel Guilherme, Carlão, Cristina Branco ou Sara Correia são apenas alguns dos atores e músicos, entre muitos outros, que passarão pelo teatro de Faro. Um dos pontos altos da programação será a peça “Última Hora“, uma produção do Teatro Nacional D. Maria II, que chega a Faro no âmbito da Rede Eunice Ageas.

Música

De 9 a 13 de Abril, as residências artísticas regressam à ilha da Culatra, com o projeto Clothilde de Sofia Mestre, que procura na atmosfera da Ria Formosa a inspiração para criar as suas próprias paisagens sonoras, cheias de texturas e melodias.

De 14 a 16 de Abril, a produtora Fado In a Box leva o festival Live in a Box para fora caixa e do streaming, num palco físico, com a adrenalina e o afeto que só a interacção ao vivo proporcionam aos artistas e ao público. Nesta primeira edição apresenta, ao longo de 3 dias, concertos de Carles Dénia, Luca Argel, Sara Correia, Fogo Fogo, Cristina Branco e Carlão.

Teatro

No dia 09 de Abril, terá lugar a apresentação dos projectos “Herido Barrio” e “Sai da Frente“, no Largo do Carmo, uma iniciativa do Teatro das Figuras e do Município de Faro, co-produzido por Faro e Buenos Aires, pelas mãos de Edith Scher, diretora do grupo de teatro comunitário Argentino, Matemurga, Diana Bernedo e Miguel Martins Pessoa, do colectivo JAT – Janela Aberta Teatro. Da capital argentina chega uma encenação dramatúrgica da cidade, em que o bairro, outrora um local feliz, se sente ferido por um quotidiano de distanciamento e através das memórias recorda que há outra forma de viver, mesmo numa grande cidade. Sai da Frente, do Teatro de VizinhEs – Grupo de Teatro Comunitário  de Faro, conta, através de uma visão crítica e poética, o dia a dia de uma comunidade Algarvia que se vê impedida de chegar à praia, num qualquer dia de verão. Conflitos sociais e humanos, numa comédia interpretada por vizinhos e para vizinhos.

No dia 22 de Abril sobe ao palco do Teatro das Figuras a aclamada peça “Última Hora”. Há uma guerra de Titãs, em que o velho jornalismo de qualidade do jornal Última Hora parece fadado a desaparecer, e a sua pobre, cercada e aterrorizada redacção vive esmagada entre o avanço da internet e a obrigação do lucro, sobrevivendo entre fumo de cigarros, copos de whiskyvodkas tónicos e bifes com ovo a cavalo. A banda sonora, da autoria de The Legendary Tigerman, reflete tudo isto, entre sons concretos, saxofones, contrabaixos, beats feitos com máquinas de escrever, sintetizadores modulares e uma ou outra guitarra ocasional. Última Hora é uma comédia, encenada por Gonçalo Amorim, a partir do texto que Rui Cardoso Martins escreveu para o Teatro Nacional D. Maria II, e conta com interpretação de Catarina Couto Sousa, Cláudio Castro, Ema Marli, Inês Cóias, João Grosso, José Neves, Lúcia Maria, Manuel Coelho, Maria Rueff, Miguel Guilherme, Nadezhda Bocharova, Paula Mora e  Pedro Moldão.

Dança

No dia 07 de Abril, é levada a cena a co-produção com o Teatro das Figuras “Credo“, com direção artística e coreografia de Luís Marrafa, que a descreve como “os modos e as estruturas da crença, da fé ou do milagre, que subjazem a uma coreografia que investiga, na expressão dos corpos, a natureza desse sentimento singular que transforma o improvável em algo de absolutamente verdadeiro”. Ensaia-se uma resposta ao fenómeno da crença, no qual questões religiosas e hábitos sociais confluem no estabelecimento de noções pessoais de transcendência. Apoiado na banda sonora do filme de terror Suspiria e na experiência de vida das três intérpretes Carolina Cantinho, Fúlvia Almeida, Teresa Silva, Credo revela personagens invulgares, feitas de múltiplas personalidades fundidas num só corpo.

No dia 29 de Abril estreia Um Pedido – Por favor, Dê-me Um Exemplar de Deus, a nova peça de dança contemporânea de José Laginha, Artista Figuras 2022, uma produção do Teatro das Figuras. Parte do ano 1962, em que três acontecimentos revolucionários transformaram o modo de entender a música pop, a dança e o fado. Em Liverpoool, “Love Me Do” marca o início da explosão que foram os Beatles. Em Nova Iorque, na Judson Memorial Church, reuniam-se um conjunto de criadores, mudando o percurso da dança, entre eles Yvonne Rainer, que viria mais tarde a criar Trio A, uma peça seminal da dança contemporânea. E finalmente, em Lisboa, Amália grava “Busto”, numa parceria improvável com Alain Oulman, de onde nasce um fado novo. Em 2022 José Laginha apresentará ainda outros dois espectáculos, Igloo direccionado ao público infanto-juvenil e Glitch da companhia belga Demestri&Lafeuvre.

Além destes destaques, o ciclo “Uma Pequena História da Música”, que visa sensibilizar o público infanto-juvenil para a música erudita, apresenta mais um espetáculo no dia 03 de Abril; no dia seguinte, realiza-se a oficina de dança, A Dança e a Filosofia; e no último dia do mês, 30 de Abril, o Festival os dias do Jazz regressa ao Teatro das Figuras, com As Grandes Vozes e as Grandes Orquestras.

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