Médicos Sem Fronteiras criticam ataque indiscriminado contra civis em Gaza por parte de Israel

por Lusa,    28 Maio, 2024
Médicos Sem Fronteiras criticam ataque indiscriminado contra civis em Gaza por parte de Israel
Fotografia de Ömer Yıldız / Unsplash

O presidente da Organização Não Governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF), Christos Christou, criticou hoje o bombardeamento “indiscriminado e desproporcional” de civis em Gaza por parte de Israel.

Christos Christou, em declarações no Clube da Camberra Press, na Austrália, lamentou a impunidade com a qual o direito humanitário internacional é violado naquele enclave palestiniano.
“Vimos no terreno um bombardeamento indiscriminado e desproporcional de civis, de crianças. Vimos o bloqueio da ajuda humanitária, ataques a hospitais, perdemos colegas. Não há ninguém seguro em Gaza”, sublinhou.

O presidente dos MSF também apelou à Austrália e ao resto da comunidade internacional para imporem sanções a Israel como fariam a qualquer outro país que se recusasse a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Mas, “o apoio expresso do governo australiano a um cessar-fogo soa vazio quando são eles que fornecem as armas que continuam a matar e mutilar em Gaza”, disse Christou.
Os comentários do presidente de MSF – que vai reunir-se na quarta-feira com a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong – surgem após o ataque de Israel a um campo de deslocados em Rafah, localizado no sul da Faixa de Gaza, que causou pelo menos 45 mortos, incluindo mulheres e crianças, segundo as autoridades palestinianas.

A ofensiva, através da qual Tel Aviv afirma ter matado dois líderes do grupo islâmico Hamas, ocorreu no domingo numa área anteriormente declarada segura por Israel.
Rafah continua a ser o foco da ofensiva israelita apesar da ordem do Tribunal Internacional de Justiça, emitida na sexta-feira, para o fim “imediato” da operação no referido território.

A guerra entre Israel e o Hamas, após o ataque do grupo terrorista contra vários pontos do território israelita, em 07 de outubro, causou mais de 37 mil mortos, entre mulheres, crianças e idosos, bem como jornalistas e trabalhadores humanitários, incluindo o australiano Zomi Frankcom.

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