Margarida Balseiro Lopes diz que Cultura é espaço de liberdade e não de cancelamentos
A ministra da Cultura disse hoje que a “Cultura será sempre um espaço de liberdade e nunca de portas fechadas nem de cancelamentos”, a propósito da gestão de salas do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.
Numa audição parlamentar sobre a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2026, Margarida Balseiro Lopes foi questionada pelo grupo parlamentar do Chega sobre um evento da extrema-direita europeia que aconteceu em outubro no CCB.
Em causa está a realização, no dia 17 de outubro, no Centro de Congressos e Reuniões do CCB da primeira reunião da Fundação Patriots, o que motivou uma crítica pública do encenador e diretor do Teatro Nacional D. Maria II, Pedro Penim, e um pedido de esclarecimento do grupo parlamentar do PS.
A 20 de outubro, o conselho de administração do CCB disse à agência Lusa que “o evento em referência ocorreu na sequência de um aluguer de sala no Centro de Congressos e Reuniões do CCB, para realização de um evento privado, cujo conteúdo concreto não era conhecido”.
No mesmo esclarecimento, refere que o centro de congressos “realiza mensalmente dezenas de eventos privados promovidos por entidades terceiras” e goza de “grande prestígio como prestador de serviços nesta área, regendo a sua política comercial por princípios de respeito pela legalidade, liberdade e tolerância”.
Hoje, na audição parlamentar, Margarida Balseiro Lopes lembrou que “a gestão dos espaços [do CCB] não é da competência da ministra nem do secretario de Estado” da Cultura.
“A gestão permite dar sustentabilidade, por exemplo, à dimensão mais importante, que é a cultural, do Centro Cultural de Belém. Havendo regras, regulamentos e critérios, desde que sejam respeitadas, para mim a Cultura será sempre um espaço de liberdade e nunca de portas fechadas nem de cancelamentos”, afirmou a governante.
