Miradoura, projeto lo-fi de Andreas Sidenius e emmy Curl, dá a conhecer “Feel the Same”

por Comunidade Cultura e Arte,    28 Junho, 2024
Miradoura, projeto lo-fi de Andreas Sidenius e emmy Curl, dá a conhecer “Feel the Same”
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Sendo um projeto lo-fi mas profissionalmente produzido, MIRADOURA provoca o ouvinte com novos sons, uma compilação de harmonias de jazz com ritmos de dança descontraídos, culminando na bela voz de Catarina Miranda, também conhecida como emmy Curl.

Ouvir rádio pode ser uma experiência ruidosa na vida quotidiana de hoje. A música continua e o ouvinte normalmente não parece importar-se muito. Um leve murmúrio das melodias que já ouviu mil vezes é a interação máxima numa situação normal. Além disso, a música permanece como ruído de fundo onde quer que vá: nas compras, no táxi, no centro comercial, até quando está com os amigos em bares e restaurantes.

O problema não é apenas a quantidade de música a ser tocada o tempo todo, mas a enorme semelhança de sons e produções no meio do oceano de músicas (pop), especialmente as produzidas internacionalmente, que figuram no fundo das nossas atividades diárias.

A música pop parece estar alinhada a certos ideais estéticos. Ouvindo as rádios mais dominantes, pode ser difícil distinguir uma música da outra, além das mudanças nas letras e de alguma forma nas melodias, e da escolha do autotune. Na minha opinião, é uma grande limitação à versatilidade e ao potencial da música como arte com uma importância cultural significativa que o público seja principalmente apresentado a tipos de músicas e sons muito semelhantes. Existem muitos projetos que não se enquadram no ideal pop e, portanto, não recebem tempo de antena, simplesmente porque soam diferentes. Parece que as grandes produções têm medo de sair da caixa do que as pessoas estão habituadas a ouvir, e assim as músicas e remixes parecem cultivar uma monocultura de sons que, em consequência, limita a exposição de diversas expressões culturais ao público — e isso deve ser considerado uma crise cultural nacional“, diz Catarina Miranda, que está atualmente em digressão por todo o país com o seu projeto artístico a solo emmy Curl.

Para MIRADOURA, os meios de comunicação devem aceitar mais outsiders e preocuparem-se menos em agradar ao que as pessoas normalmente estão habituadas a ouvir. Como expressou recentemente o cantor dos Oasis, Liam Gallagher, num vídeo viral nas redes sociais, o ouvinte normal não sabe o que quer, e se soubesse, cabe aos meios de comunicação fornecer um menu versátil e diversificado de cultura que provocará o ouvinte a ouvir novos tipos de músicas, sons, harmonias e melodias.

Em MIRADOURA, trabalhamos intensivamente na escolha de harmonias, sons, para que cada detalhe eleve toda a expressão e experiência. Alguns podem achar que escolhemos alguns sons estranhos aqui e ali, por exemplo na guitarra que eu sou responsável, mas isso vem de uma sensação de estar farto da música internacional, principalmente pop, que soa igual em grande parte. E por mais bem produzidas que essas faixas sejam, tendem a ser muito semelhantes entre si, suponho que para captar a atenção do público, satisfazendo o que as pessoas estão habituadas a ouvir“, diz Andreas Sidenius, Mestre em Filosofia, que se mudou para Portugal com Catarina Miranda para seguir uma carreira na produção musical e como escritor.

Como continuação do recente lançamento do single “Moving On”, o duo MIRADOURA, com sede na Madeira, lança um novo single “Feel the Same” no dia 28 de junho de 2024, precedendo o lançamento completo do álbum no início de 2025.

A música atípica e groovy, com melodias cativantes, linhas de baixo convidativas e harmonias peculiares, é co-produzida e co-composta por Andreas Sidenius (DK) e Catarina Miranda. “MIRADOURA não é pop segundo os padrões atuais de pop. Não usamos autotune, gostamos de gravações de bateria lo-fi, e não temos limitações sobre como juntar as harmonias. Mas a música é groovy e as melodias e letras são cantáveis, tornando-se uma forma potencial futura de pop. Parece que mais pessoas estão a começar a gostar de ouvir alguns grooves com bom som e harmonias complexas — até às vezes nos supermercados”, diz Andreas Sidenius.

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