Morreu a escritora Nélida Piñon. “Uma das maiores representantes da literatura brasileira”, informou a Academia Brasileira de Letras

por Lusa,    18 Dezembro, 2022
Morreu a escritora Nélida Piñon. “Uma das maiores representantes da literatura brasileira”, informou a Academia Brasileira de Letras
Nélida Piñon recebe comenda da Ordem Padre José de Anchieta, na abertura do ano Mulheres na Literatura da Academia Carioca de Letras Fotografia de Fernando Frazão/Agência Brasil – Wikimedia Commons
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A escritora brasileira Nélida Piñon morreu ontem em Lisboa aos 85 anos, informou a Academia Brasileira de Letras, que a qualifica de “uma das maiores representantes da literatura brasileira”.

Autora de mais de 20 livros, entre novelas, contos, literatura infanto-juvenil, ensaios e memórias, em 1996/97 tornou-se a primeira mulher, em 100 anos, a presidir à Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleita em 1989 na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda.

Nélida Piñon, que se estreou-se com o romance “Guia-mapa Gabriel Arcanjo” publicado em 1961, recebeu o Prémio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995, o que aconteceu pela primeira vez para uma mulher e para um autor de língua portuguesa, assim como o prémio Bienal Nestlé, na categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991, e o da APCA e o Prémio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A república dos sonhos”.

A Academia Brasileira de Letras destaca precisamente este romance no percurso da escritora, uma obra sobre uma família de imigrantes galegos no Brasil, em que “faz reflexões sobre a Galiza, a Espanha e o Brasil”.

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