Museu da Imagem apresenta espólio fotográfico da pandemia em Braga
Assim que surgiram os primeiros sinais de confinamento, o Município de Braga atuou e pensou a longo prazo. Para enriquecer o espólio do Museu da Imagem e manter viva a memória local, o Município selecionou três fotojornalistas de renome para documentar o impacto do surto na cidade de Braga – Luís Vieira e os irmãos Hugo e Gonçalo Delgado foram os nomeados.
O desafio assumir-se como um documento histórico representativo deste período que actualmente vivemos, onde se desafiou os fotógrafos a mostrarem-nos a sua visão sobre estes tempos de enorme transformação ao nível das relações interpessoais, da economia, da indústria, da investigação e da cultura.
Como resultado deste desafio, o acervo do Museu da Imagem será enriquecido com um conjunto de 60 fotografias, 20 de cada artista. Quando a colecção for concluída, as imagens serão tratadas e catalogadas, podendo no futuro ser trabalhadas em registo de publicação e/ou exposição. Irão estas fotografias constituir mais um fundo patrimonial que fará parte da memória das suas gentes e da Cidade.
O Museu da Imagem é um equipamento cultural dedicado à fotografia e tutelado pela Divisão da Cultura do Município de Braga. Para além de tratar de exposições fotográficas, tem vindo a desempenhar um papel importante na salvaguarda de espólios de algumas antigas casas de fotografia bracarenses. Inaugurado em abril de 1999, situa-se no Campo das Hortas, espaço próximo do Arco da Porta Nova. Os fundamentos da sua criação e institucionalização vieram da iniciativa “Encontros da Imagem”, um evento que se realiza na cidade de Braga há mais de vinte anos e que, desde esse período, procura reunir o melhor da fotografia documental, histórica e conceptual portuguesa.
Este é um exemplo nacional de algo que já se vem proliferando lá fora. São vários os museus que vêm registando esta importante memória histórica, tais como o National Museum of African American History and Culture – que destaca os objetos e respetivas coleções relativas à relação entre as comunidades negras e o vírus – e o Victoria & Albert Museum, em Londres – onde já se criou uma coleção associada a símbolos em forma de objetos das experiências vividas em isolamento.
Texto baseado na notícia publicada pelo Município de Braga.