NEEV e a sua odisseia musical no Maria Matos
Na passada terça-feira, dia 25 de Maio, NEEV subiu ao palco do Maria Matos para finalmente apresentar o seu álbum de estreia Philosotry. Num ambiente acolhedor, com direito a postal de boas-vindas assinado e personalizado em cada um dos lugares, a odisseia a que se propunha começou à hora marcada e com algum nervosismo inicial.
Começando com NEEV à guitarra com “This Dream”, o palco foi-se enchendo de músicos e com a voz de NEEV — com a versatilidade e potência de sempre. Depois de “Dancing in the Stars” (tema que levou ao Festival da Canção), o ponto alto também esteve na versão acústica de “Breathe”, tema em que colaborou com os Seeb e que conta com mais de 25 milhões de visualizações no YouTube.
Saímos do Maria Matos a sentir que nos faltou “Não sei de mim”, a última de Philosotry, mas com a sensação de que tudo o que é essencial nos foi dado com mestria e simplicidade. Não só foi uma odisseia pela ainda breve carreira de NEEV, como foi uma montra da versatilidade de NEEV, que se revezava entre guitarra e piano. Com as roupagens novas dadas a temas consagrados, mostrou-nos, por diversas vezes, que é na humildade que reside o seu percurso. Não há grandes dúvidas de que o lugar de NEEV é nos palcos e no estúdio, que os primeiros passos são sólidos e são a base do que há-de vir. Mas é nos temas mais introspectivos em que mais vemos a alma de NEEV, é nos que mais se fecha em si que melhor se dá a conhecer. Se por um lado gostamos da lado mais megalómano de “Come on People”, por outro é nos lugares-comuns de nostalgia que também nos gostamos de perder.
Temos um certo desgosto pela falta de palco que NEEV tem tido, pelos motivos que já nos são conhecidos. O crescimento do disco de estreia de NEEV far-se-á no palco, onde cimentará o seu lugar — merecido — na música. Mas, e reiterando o que dissemos na crítica ao seu disco de estreia, a experimentação também nos parece ser o caminho a seguir por NEEV, pelo seu à-vontade e conhecimento musicais e pela versatilidade da voz. No Maria Matos foi só uma pequena amostra, no Teatro Sá da Bandeira haverá outra pequena amostra, mas o que há-de vir será certamente grandioso.
Últimos bilhetes disponíveis para o Teatro Sá da Bandeira, Porto, no dia 2 de Junho.