Nobel da Química distingue ‘design’ computacional de proteínas
O Prémio Nobel da Química foi atribuído aos químicos David Baker, Demis Hassabis e John M. Jumper, “pelo ‘design’ computacional de proteínas” e “pela previsão da estrutura de proteínas”, anunciou hoje a Real Academia Sueca de Ciências.
De acordo com o Comité do Prémio Nobel, que atribui os galardões, o premiado David Baker criou em 2023 a primeira proteína “totalmente diferente de todas as existentes”, algo descrito como “um desenvolvimento extraordinário”.
A proteína, Top7, criada pelo professor da Universidade de Washington, em Seattle (Estados Unidos), tem uma “estrutura única que não existia na natureza”, possuindo 93 aminoácidos (unidades formadoras de proteínas), sendo maior “do que qualquer outra produzida anteriormente”.
David Baker também lançou um código para o ‘software’ de computador Rosetta, que tem sido desenvolvido pela comunidade de investigação, encontrando novas áreas de aplicação.
O grupo de investigação do cientista norte-americano produziu uma criação de proteínas, incluindo proteínas que podem ser usadas como produtos farmacêuticos, vacinas, nanomateriais e pequenos sensores.
A outra metade do prémio, “pela previsão da estrutura de proteínas”, foi entregue a Demis Hassabis e John M. Jumper em conjunto.
Este é o terceiro dos Nobel a ser anunciado, depois dos da Física e da Fisiologia ou Medicina, seguindo-se nos próximos dias os galardões relativos à Literatura e Paz.
Em 2023, o prémio foi atribuído aos cientistas Moungi Bawendi, Louis Brus e Alexei Ekimov, pela descoberta de pontos quânticos, fundamentais para a nanotecnologia pela descoberta e síntese de pontos quânticos.
Os prémios Nobel, criados em 1895 pelo químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (inventor da dinamite), foram atribuídos pela primeira vez em 1901.
O equiparado Prémio das Ciências Económicas ou Economia, criado em homenagem a Alfred Nobel e atribuído desde 1969, é anunciado na segunda-feira.