Olhar de 28 artistas sobre conquista da liberdade reunido em exposição

por Lusa,    30 Janeiro, 2024
Olhar de 28 artistas sobre conquista da liberdade reunido em exposição
Fotografia de chay tessari / Unsplash
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O olhar de 28 artistas visuais sobre as possibilidades geradas após a conquista da liberdade em Portugal com o 25 de Abril de 1974 vai estar no centro de uma exposição a inaugurar a 08 de fevereiro, em Lisboa. 

No ano em que se assinalam os 50 anos da revolução, a União da Cidades Capitais da Língua portuguesa (UCCLA) vai inaugurar a exposição “Liberdade – Portugal, lugar de encontros” para assinalar a efeméride, com seleção curatorial de João Pinharanda, segundo um comunicado da entidade.

Ângela Ferreira, Emília Nadal, Alfredo Cunha, Gonçalo Mabunda, Joana Vasconcelos, Keyezua, Pedro Valdez Cardoso, Vasco Araújo, Yonamine, Nú Barreto, Mário Macilau, Oleandro Pires Garcia, Francisco Vidal e Graça Morais são alguns dos artistas contemporâneos representados nesta mostra, oriundos dos países que se expressam oficialmente em língua portuguesa. 

“Estes artistas têm em comum o facto de terem tido ou ainda terem em Portugal um lugar de encontro e trabalho, que pode não ser central nem determinante no seu olhar, mas que não deixa de ser um laço, com a restante realidade artística. A manifesta pluralidade de perspetivas decorre da diversidade de origens geográficas e das vivências pessoais que moldaram a respetiva sensibilidades e criatividade individual”, assinala um texto da curadoria.

As obras selecionadas para exposição — com entrada livre — apresentam múltiplas técnicas utilizadas e incluem pintura, serigrafia, fotografia, escultura, azulejo e tapeçaria. 

Vhils (Alexandre Farto), Abraão Vicente, Carlos Noronha Feio, Ana Marchand, Cristina Ataíde, António Ole, Eugénia Mussa, Fidel Évora, Graça Pereira Coutinho, Herberto Smith, José de Guimarães, Manuel Botelho, Pedro Chorão e René Tavares completam a seleção de artistas.

“A mostra assume-se como uma exposição de cruzamentos e de encontros, daqueles que partiram e regressaram, dos que chegaram e ficaram, ou partiram de novo, ou nunca mais regressaram… Mas todos eles olharam para Portugal e registaram um encontro em imagens; ou olharam, a partir de Portugal, para os seus próprios mundos”, acrescenta o texto.

Estes artistas de várias gerações criaram as suas peças inspirando-se na expressão da liberdade e do espírito anticolonial, influências espirituais ou religiosas, culturais e literárias e as questões relacionadas com a identidade. 

Na iniciativa está prevista a inauguração de um núcleo no Centro Cultural de Cabo Verde, a 15 de fevereiro.

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