Organização Internacional para as Migrações alerta para “estereótipo sexual” sobre mulheres imigrantes brasileiras em Portugal

por Lusa,    7 Maio, 2024
Organização Internacional para as Migrações alerta para “estereótipo sexual” sobre mulheres imigrantes brasileiras em Portugal
Fotografia de Rafaela Biazi / Unsplash

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) alertou hoje que ainda persiste um estereótipo sexual sobre as mulheres imigrantes brasileiras em Portugal, num relatório hoje publicado que destaca ainda o número elevado de homens portugueses emigrantes.

No Relatório sobre Migrações Mundiais 2024, a estrutura das Nações Unidades abordou as tendências globais migratórias e salientou que “os estereótipos da hipersexualidade das mulheres nos países de destino também afetaram as mulheres migrantes, como as venezuelanas no Peru e as brasileiras em Portugal, estigmatizando-as como prostitutas e levando a riscos acrescidos de sofrerem assédio sexual e violência de género”.

Num relatório que inclui a quase totalidade dos países do mundo, a OIM recordou também o impacto que a pandemia da Covid-19 trouxe ao processo migratório. 

A pandemia “levou a que alguns países tomassem medidas excecionais para responder às necessidades acrescidas dos migrantes em situação irregular”, pode ler-se no relatório, que destaca o caso português. 

“No início de 2020, Portugal atuou rapidamente, regularizando temporariamente o estatuto de todos os migrantes”, referem os autores, salientando que a Itália seguiu o exemplo português, com “uma regularização específica para os trabalhadores migrantes em sectores-chave da economia”.

No relatório publicado, a OIM desataca que Portugal estava entre os 20 países com maior número relativo de emigrantes em 1995, um valor que baixou em 2020, de acordo com a contabilidade das autoridades.

No que respeita ao tipo de emigração, a Itália e Portugal são os dois países europeus que têm mais homens emigrantes que mulheres, segundo a OIM.

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.