Ponto C, em Penafiel, abre portas dia 27 e convida para três dias de programação gratuita
O Ponto C foi projetado para dar resposta a uma necessidade de Penafiel, mas também da região do Tâmega e Sousa. Todo o programa de abertura do Ponto C é de entrada livre e acessível.
O Ponto C – Cultura e Criatividade, novo centro de cultura de Penafiel, abre as portas na próxima sexta-feira, dia 27, às 16h00, com a inauguração da exposição de pintura do artista penafidelense Eurico Gonçalves (1932-2022), entre a representação figurativa e o desenho abstrato.
Ao longo de três dias, de 27 a 29, a comunidade local e dos concelhos vizinhos é convidada a assistir a 24 propostas para todas as idades, com quase 200 artistas em oito palcos, ao longo de mais de 30 horas.
Ao longo da tarde e noite de sexta-feira, o Ponto C propõe a conferência de Clara Antunes em resposta a um ensaio de Liliana Coutinho, publicado pelo Ponto C; a exposição de fotografia da Nova Companhia, “Teatra”, composta por 20 retratos a preto e branco de atores vestidos de diferentes personagens; a peça d’A Barraca Teatro, “De Mary para Mary”, de Paloma Pedrero, com encenação de Maria Do Céu Guerra e interpretação de Rita Lello; “Enciclopédia X” de Afonso Cruz, pela companhia de teatro Cão Solteiro – que repete no sábado; a escultura-forno “Alcindo Monteiro”, do artista plástico argentino Gabriel Chaile, tributo ao jovem português nascido em Cabo Verde e residente no Barreiro, assassinado em 1995 em Lisboa; a Orquestra Jazz Espinho com JP Simões e Marta Ren em “Canções de Liberdade”, um repertório que celebra os 50 anos do 25 de abril mas viaja pelo mundo; a peça de teatro “Canções de uma Noite de Verão”, de David Grieg, pela companhia Cepa Torta; e o set da DJ Yen Sung, uma das primeiras mulheres DJs em Portugal.
No sábado, dia 28, o Ponto C abre às 10h30 para receber as famílias em “Há um Rio nesta Gota”, uma oficina-espetáculo da Frenesim onde a música ocupa um lugar central e as famílias são convidadas a entrar numa bolha sonora. Este espetáculo repete domingo, à mesma hora. A animação continua com um espetáculo-aula “Cara”, da coreógrafa Aldara Bizarro; a masterclass online com a artista e “transpóloga” brasileira Renata Carvalho; um recital de poesia & harpa a partir de marcos históricos como os 500 anos do nascimento de Camões ou os 50 anos da revolução de Abril, com declamação do ator Paulo Pires e a musicalidade da harpa de Emanuela Nicoli; a acrobata Margarida Monteny com “Blue”; a Banda Musical de Lagares com Sofia Escobar & FF para “Músicas que Perduram”, uma viagem pelo repertório do teatro musical como “West Side Story”, “Les Misérables”, “O Fantasma da Ópera” ou “Rei Leão”; os Bateu Matou com o novo disco “Batedeira”; e o set da DJ Mvria, presença frequente no portuense Passos Manuel.
No domingo, dia 29, o Ponto C convoca o público para o vizinho Largo da Ajuda onde às 12h se inicia o “Chamamento” feito pelo Grupo Montanheses da Capela, até à escultura-forno “Alcindo Monteiro” de Gabriel Chaile, que será reativada com um almoço brasileiro, em homenagem à maior comunidade imigrante de Penafiel, e um concerto d’O Gringo Sou Eu. Depois há novo circo com Daniel Seabra e Mafalda Gonçalves em “Raiz”; a ópera “La Traviata” de Verdi, em versão concerto, pela Ópera na Academia e na Cidade, com direção do maestro Ferreira Lobo; o dueto “Adramelech”, um dos textos mais antigos de Valère Novarina, por Renata Portas, pela companhia Público Reservado;a fadista Ana Margarida Prado & Convidados (Cristina de Sousa e Valter Lobo),que leva a palco composições de músicos como Agir, Luísa Sobral, Marco Oliveira, Mário Laginha ou Vitorino Salomé, além de fados tradicionais; e, para terminar, um concerto do duo estónio Puuluup, que, depois da participação na final da Eurovisão da Canção 2024, trazem a Penafiel o seu som neo-zombie-post-folk com doses de surrealismo, folclore moderno e o renascimento da lira de arco Talharpa.