Prémio MOTELX de melhor ‘curta’ portuguesa de terror para “O Procedimento”, de Chico Noras

por Lusa,    15 Setembro, 2024
Prémio MOTELX de melhor ‘curta’ portuguesa de terror para “O Procedimento”, de Chico Noras
“O Procedimento”, de Chico Noras

A curta-metragem “O Procedimento”, de Chico Noras, conquistou o Prémio MOTELX – Melhor Curta Portuguesa de Terror da 18.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, conforme o palmarés anunciado hoje na sessão de encerramento.

Os prémios Méliès d’argent, da competição europeia, foram para o filme “Oddity”, de Damian Mc Carthy, da Irlanda, como melhor longa-metragem, e para “Meat Puppet”, de Eros V, do Reino Unido, como melhor curta-metragem.

O prémio do Público foi para “The Substance”, de Coralie Fargeat, uma coprodução entre Estados Unidos, Reino Unido e França. Este prémio é atribuído por votação dos espectadores do festival às “melhores longas-metragens do cinema de terror atual, oriundas dos quatro cantos do mundo”, exibidas no âmbito da secção Serviço de Quarto.

A entrega dos prémios realizou-se hoje à noite no Cinema S. Jorge, em Lisboa. O júri do Prémio MOTELX, para a melhor ‘curta’ portuguesa de terror, sustentou a escolha de “O Procedimento”, de Chico Noras, pela “direção artística garrida” e a “performance certeira” que “contrastam com os sentimentos perturbantes” do filme.

Para o júri constituído pela programadora e crítica de cinema Cátia Rodrigues, o jornalista e radialista Nuno Galopim e a programadora e historiadora de cinema Heidi Honeycutt, “O Procedimento” é “uma sátira provocadora sobre como podemos viver um final feliz.”

O júri atribuiu ainda uma menção honrosa a “Umbral”, de Miguel Andrade, “pela sua visão original”.
O Prémio MOTELX tem o valor monetário de cinco mil euros.
A melhor curta-metragem europeia, “Meat Puppet”, foi escolhida pelo mesmo júri, que comentou: “Nunca tínhamos visto nada assim, um estudo de personalidade tão surrealista como absurdo”.
Neste categoria foi também dada uma menção honrosa à produção espanhola “Be Right Back”, de Lucas Paulino e Gabe Ibañez, “pela magnífica fotografia” e a “performance promissora”.

Quanto à escolha de “Oddity” para o Prémio Méliès d’argent de Melhor Longa Europeia 2024, o júri justificou-a pela “história envolvente, contada com estilo, bons efeitos práticos e novos níveis de suspense, num registo sombrio e provocador”.

O júri do Prémio Méliès d’argent foi constituído pelo crítico de cinema e diretor artístico Alan Jones, pelo realizador e diretor criativo Rui Vieira e pela produtora Stefanie Coimbra.
Durante o MOTELX, que teve início na passada terça-feira, foram também escolhidos os vencedores do Prémio Lobo Mau, da secção dedicada ao público infantil (“The Calling”, de Frida E. Elmström, da Suécia), e do Prémio MOTELX Guiões 2024, para o melhor argumento português de terror, que foi para “Espectro”, de Catarina Araújo.

O Prémio MOTELX Guiões, no valor de dois mil euros, é atribuído em parceria com o Guiões – Festival do Roteiro de Língua Portuguesa, e destina-se a argumentos de longas-metragens ainda não produzidas, para “dar oportunidade a novos talentos e autorias que pretendem desenvolver projectos de terror”.
A 18.ª edição do MOTELX abriu na passada terça-feira, com a antestreia portuguesa de “Não fales do mal”, do britânico James Watkins, com James McAvoy, Mackenzie Davis e Scoot McNairy.

A programação extra-competição contou com um ciclo de filmes proibidos pela ditadura do Estado Novo, resgatou a longa-metragem “A Culpa” (1980), de António Victorino d’Almeida, e exibiu, entre outros filmes, o documentário “Cartas Telepáticas”, de Edgar Pêra, que relaciona as obras literárias de H.P. Lovecraft e Fernando Pessoa, com a produção de imagem por Inteligência Artificial.

A entrega dos prémios foi seguida da exibição da ‘curta’ portuguesa vencedora, “O Procedimento”, que antecedeu a ‘longa’ “The Surfer”, de Lorcan Finnegan, e a sessão dedicada “Oddity”, melhor ‘longa’ europeia.

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.