Radiohead: Os segredos de ‘Daydreaming’

por Lucas Brandão,    17 Agosto, 2016
Radiohead: Os segredos de ‘Daydreaming’
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Na conjugação de várias teorias formuladas no reddit com as suas próprias, o cineasta e produtor de vídeos Rishi Kaneria reuniu num vídeo os pormenores apontados relativamente ao videoclipe de “Daydreaming”, dos Radiohead. Realizado por Paul Thomas Anderson, este coloca Thom Yorke numa viagem durante um sonho perante várias portas e contextos e na perspetiva de encontrar um lugar onde finalmente descansar.

O vídeo que resume estas hipóteses assenta muito na numeração e na respetiva simbologia. O vocalista da banda atravessa 23 portas, o número de anos que esteve num relacionamento com a sua ex-companheira Rachel Owens. Em relação a ela, emerge a curiosidade do estilista de Yorke para este vídeo ter o nome de Rick Owens.

Na conjugação a esta associação com Rachel Owens, é também interessante denotar que o trabalho de Paul Thomas Anderson foi lançado ao público no fim-de-semana no qual se celebrava o dia da mãe em terras norte-americanas (6 de maio de 2016). Em quase todos os cenários, existe pelo menos um papel maternal assumido por uma ou mais figurantes.

Mais referências numerológicas envolvem o número de álbuns lançados pelos Radiohead, em que o número 6 invertido perfaz essa conta. É o número 6 que é amiúde mencionado em aspetos figurativos, tais como num posto de salva-vidas na praia.

Por fim, não é demais de salutar a constante alusão à Natureza e ao epíteto maternal que muitas vezes é atribuído a esta. Tanto numa pintura ou num mero papel de parede, Yorke trava contacto com um apontador para a Natureza, isto para além de caminhar numa montanha e numa praia rumo ao oceano.

Tudo isto é sumarizado no vídeo apresentado de seguida, vídeo este que referencia um leque finito de referências que podem ser elencadas e analisadas enquanto se visualiza um videoclipe. Juntando o génio cinematográfico de Paul Thomas Anderson e a pontaria musical dos Radiohead, todos os estudos são poucos quando o objetivo se assume captar toda a essência do trabalho. É com essa mentalidade que Rishi Kaneria perceciona mais um fulgor da mais refinada arte.

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