RTP1 estreia “Sempre”, série conta seis histórias independentes sobre a “vontade de mudança coletiva” que levou ao 25 de Abril de 1974
Meio século de ditadura chegou ao fim no dia 25 de Abril de 74. Os grandes protagonistas, e desenrolar dos acontecimentos, estão minuciosamente retratados. Mas centenas, talvez milhares de episódios de tensão e medo, coragem e adrenalina, dor e perda, fúria e sonho foram vividos por cidadãos anónimos durante aquelas horas intensas que mudaram o país e inspiraram o mundo. Algumas delas não se perderão para sempre.
“Sempre”, o novo projeto da Coyote Vadio (“Pôr do Sol”, “Até que a Vida Nos Separe”), é uma série de 6 episódios com 6 histórias independentes cuja cronologia comum decorre entre a noite de 24 e a manhã de 26 de Abril de 1974 para ver semanalmente à sexta-feira, às 22h30, na RTP1. Também disponível na RTP Play.
Além deste epicentro temporal, as 6 narrativas estão unidas por uma galeria de personagens que se cruzam ao longo dos capítulos — num como protagonistas noutro secundários, noutro ainda figurantes de um momento decisivo, todos eles desejosos de uma qualquer libertação pessoal, que se acumula ao desejo popular geral pela Liberdade e fim do Regime.
Escrita por David Neto, Luís Filipe Borges e Luís Lobão, a série “Sempre” conta no seu elenco com nomes como Gabriela Barros, Cristóvão Campos, Sílvio Vieira, Nuno Nolasco, António Durães, Joana Borja, Dinarte Branco, Rui Pedro Silva, Diogo Mesquita, José Redondo, Valter Teixeira, Gonçalo Cabral, Natalina José, Teresa Faria, Beatriz Brás, João Vicente, Carla Maciel, Diogo Martins, Rita Rocha Silva, Guilherme Moura, Joana Calado, Ana Lopes, David Esteves, João Arrais, Marco d’Almeida, com participação especial de Leonor Silveira e Manuel Cavaco.
O realizador, Manuel Pureza, sublinha que: “este é um dos projetos mais importantes que a Coyote Vadio já assinou. Ficcionar Abril, preservando a sua importância indelével na nossa história e no nosso país é, também, homenagem e lançar de perguntas para o futuro. Quando a democracia parece estar em risco, importa que as histórias do passado recente não fiquem esquecidas. O relato das mulheres e homens comuns, não tira a importância do papel dos heróis, sendo certo que a série se foca nesses outros tantos milhares de revolucionários que, só pelo facto de terem saído para a rua, fizeram da revolução dos cravos não só uma manifestação de paz, como também de vontade de mudança coletiva. “Sempre” é celebração, criação e memória, conjunto de histórias que, inspiradas em casos reais, mesmo sendo ficção, podiam muito bem ser verdade”, assume o cineasta.