RTP1 estreia série que conta a história de milhares de filhos que mulheres africanas tiveram de militares portugueses durante a Guerra Colonial
Durante a Guerra Colonial em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
No ano em que se assinalam 50 anos sobre as independências das ex-colónias africanas em Portugal, a RTP1 estreia “Filhos de Tuga”, uma série documental que em três episódios nos traz o retrato de milhares de filhos deixados para trás por militares portugueses durante os 13 anos da Guerra Colonial.
“Filhos de Tuga” revela a história de homens e mulheres hoje na casa dos 50 anos, nascidos da relação entre soldados portugueses e mulheres africanas, e que cresceram sem nunca conhecer o pai ou sequer saber o seu nome. Filhos que carregam uma dor e que traz uma questão que ainda hoje não tem resposta: terão os “filhos da tuga” direito a um reconhecimento do Estado português, que lhes deverá prestar toda a informação possível quanto aos seus laços de sangue paterno.
A série documental percorre os territórios da Guiné-Bissau, Moçambique e Angola, três antigas frentes de combate para trazer à luz do dia o drama silencioso destes herdeiros perdidos do império lusitano, esquecidos por Portugal e desprezados nos seus países, onde são depreciativamente tratados por “filhos de tuga” ou mesmo “restos de tuga”. Mais de meio século depois, a sua ambição continua a ser apenas uma: conhecerem os pais, ou mesmo a família que têm do outro lado do mar.
“Filhos de Tuga”, de 3 episódios, para ver semanalmente à quarta-feira, às 22h30, na RTP1 a partir de hoje. Com autoria da escritora Catarina Gomes em corealização com João Gomes, direção de fotografia e cor de Carlos Isaac, edição de Rita Karayianni, produção executiva do jornalista Joaquim Vieira e produção de Mafalda Espanca.
