Rui Moreira diz que intervenções de segurança exigidas para funcionamento do Stop foram concretizadas

por Lusa,    29 Janeiro, 2024
Rui Moreira diz que intervenções de segurança exigidas para funcionamento do Stop foram concretizadas
Fotografia de Sam Moghadam Khamseh / Unsplash
PUB

O presidente da Câmara do Porto afirmou hoje que estão concretizadas todas as intervenções de segurança exigidas para o funcionamento do centro comercial Stop e que a única situação por resolver prende-se com “uma porta de segurança encerrada”.

Questionado pela vereadora socialista Rosário Gamboa sobre o centro comercial Stop durante a reunião do executivo, o presidente da câmara, Rui Moreira, avançou ter tido uma reunião com os proprietários e a nova administração do condomínio. 

Segundo Rui Moreira, as intervenções exigidas no relatório da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) “estão resolvidas”, sendo que a “única questão que permanece por resolver é a porta de segurança que foi encerrada”, alegadamente pelo proprietário do terreno nas traseiras do Stop.

“Estamos a tentar perceber como funciona a porta de acesso”, referiu, dizendo que se estas questões estiverem concluídas, “o Stop pode ser utilizado”. 

Já quanto à Escola Pires de Lima, solução apresentada pelo município aos músicos em alternativa ao Stop, Rui Moreira esclareceu que o projeto está a ser desenvolvido e exibiu aos vereadores a maquete do edifício. 

Também o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, esclareceu que não existiam desenhos atualizados da escola e que teve de ser feito “um levantamento integral do edifício”, estando, neste momento, o município a terminar a contratação de um consultor em acústica e espaços de ensaio.

Já quanto às patologias identificadas no edifico, Pedro Baganha esclareceu que as mais evidentes, como a entrada de chuva e infraestruturas partidas, “estão resolvidas”. 

Segundo o vereador, a escola contempla cinco torres e um edifício central, sendo que três torres vão ser utilizadas para espaços de gravação. 

O espaço central, que será desenvolvido numa segunda fase do projeto, também contará com estúdios de gravação e espaços de armazenamento de material. 

Pedro Baganha adiantou que o projeto vai desenrolar-se “edifício a edifício”, uma vez que se trata de um “projeto completamente atípico”. 

“Nunca fizemos nada disto, temos de ir desbravando caminho”, afirmou, recusando comprometer-se com prazos, mas dizendo ter expectativa de que no final do ano os músicos possam ocupar as primeiras torres. 

Questionado pelo vereador do BE sobre quem ficará com a gestão do projeto a desenvolver na escola, Rui Moreira esclareceu que o município pretendia entregar a gestão à Associação dos Amigos do Coliseu, mas que tal “podia ser contestado”. 

“Vamos lançar um concurso”, indicou, dizendo, no entanto, que a autarquia vai ter de garantir questões como a limpeza, higiene e segurança, até porque o espaço também vai acolher a Norte Vida e os periódicos da Biblioteca Municipal enquanto decorrem as obras de reabilitação. 

O Stop, onde maioritariamente funcionam salas de ensaio e estúdios, viu a maioria das suas frações serem seladas em 18 de julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir, mas reabriu a 04 de agosto, com um carro de bombeiros à porta.

O Stop vai continuar a funcionar por tempo indeterminado na sequência de uma providência cautelar interposta pelos proprietários à decisão da câmara de encerrar o edifício, confirmou a 22 de setembro o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.