Sons em Trânsito deixa gestão do Capitólio em Outubro e prepara “um espaço de criação” em Oeiras
A agência e produtora de espetáculos Sons em Trânsito, que em outubro deixa a gestão do Cineteatro Capitólio, em Lisboa, está a preparar “um espaço de criação” para artistas, no concelho de Oeiras, contou à Lusa o diretor, Vasco Sacramento.
O projeto vai ser criado em Linda-a-Velha, no concelho de Oeiras, com salas de ensaio, estúdios de gravação de som e imagem e deverá abrir portas no final do primeiro trimestre de 2024.
“É uma área de negócio para investir e é para cumprir uma carência que os artistas têm, porque há poucos espaços de ensaios, principalmente em Lisboa. Na área dos estúdios de música há muitas opções, mas na área do vídeo não há tantos espaços com essa potencialidade”, explicou Vasco Sacramento.
A Sons em Trânsito, criada em 2002 em Aveiro, é apresentada como a “maior empresa de agenciamento musical em Portugal”, com “mais de 600 espectáculos por ano e concertos em mais de 50 países”.
Entre os artistas com quem trabalha estão António Zambujo, Camané, Bárbara Bandeira, Gisela João, Pedro Abrunhosa, Luísa Sobral, Ana Bacalhau, Tatanka, The Black Mamba, Mayra Andrade e Tim Bernardes.
Em 2017, a Sons em Trânsito assumiu a gestão do Cineteatro Capitólio, um espaço municipal de Lisboa que esteve encerrado mais de trinta anos e reabriu em 2016 depois de obras profundas de requalificação.
Em maio passado, a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) fez saber publicamente a decisão de não renovação do contrato com a Sons em Trânsito e, a partir de outubro, a gestão daquela sala volta para a gestão municipal.
Vasco Sacramento considera que o Capitólio, integrado no Parque Mayer, é “um espaço de fruição e de oportunidade de dar palco aos artistas portugueses, nomeadamente aos mais emergentes, que estão a aparecer e a crescer”.
Finda a gestão do Capitólio, o empresário disse que queria encontrar um espaço que mantivesse a Sons em Trânsito ligada “à criação cultural e à criação de conteúdos na área musical”.
No caso da vertente de estúdio de imagem e vídeo no futuro projeto em Oeiras, Vasco Sacramento explicou que é uma resposta a “uma área em franco desenvolvimento, porque as redes sociais e o digital, neste momento, proporcionam aos artistas muitas oportunidades nesse ponto de vista”, disse.