Theatro Circo em Braga desvenda programação para os quatro últimos meses de 2024

por Comunidade Cultura e Arte,    11 Julho, 2024
Theatro Circo em Braga desvenda programação para os quatro últimos meses de 2024
“Corpo Clandestino”, do coreógrafo Victor Hugo Pontes / Fotografia de Estelle Valente
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Soraia Ramos, Kevin Morby, Mão Morta, Clã, Bill Frisell, The Gavin Bryars Ensemble, Niño de Elche, são alguns dos nomes em destaque da programação do Theatro Circo.

A programação da sala bracarense inicia em setembro com o PARAÍSO – momento que eleva a nova música e expressões artísticas afrodescendentes e lusófonas, que este ano se junta às comemorações do centenário do nascimento de Amílcar Cabral – pela primeira vez com espetáculos e eventos no gnration e na Livraria Centésima Página, entre os dias 13 e 14 de setembro, sexta e sábado. No dia 13, o programa conta com a apresentação do livro “Tribuna Negra: Origens do movimento negro em Portugal (1911 – 1933)”, pelas 18h00 na Livraria Centésima Página, com a presença dos autores Cristina Roldão, José Pereira e Pedro Varela, com moderação de Marisa Rodrigues (BANTUMEN), e no Theatro Circo com espetáculo de dança AMI.LCAR inspirado na obra e vida de Amílcar Cabral, do criador Djam Neguin, pelas 21h30.

“Blackface”, do criador Marco Mendonça / Fotografia de Joana Linda

No dia 14, sábado, serão três as iniciativas a decorrer no gnration, começando com uma conversa, pelas 16h00, com o tema Conversas do Paraíso: Inovação e tradição na música lusófona, com Berlok, Mynda Guevara e Soraia Ramos e moderação de Wilds Gomes (BANTUMEN), seguido da apresentação do novo disco Phoenix de Mynda Guevara, às 17h00, e ao final da tarde com um dj set do produtor cabo-verdiano Berlok, pelas 18h00. À noite, pelas 21h30, o PARAÍSO ruma novamente ao Theatro Circo para o espetáculo de Soraia Ramos, uma das maiores vozes da lusofonia da atualidade, para apresentação do novo disco Cocktail.

No fim de semana seguinte, dia 20, os criadores Hugo Calhim Cristovão e Joana von Mayer Trindade trazem Suores de Mel e a Morte Não Terá Domínio, uma criação de dança que celebra a insubmissão e a revolução, inspirada no 25 de Abril e nas obras de vários autores como Eduardo Lourenço, Fernando Pessoa e Natália Correia. No dia 21, terá lugar mais um espetáculo do ciclo Contraponto, Música norte-americana do nosso tempo com a Orquestra Sem Fronteiras, dirigida por Martim Sousa Tavares, e associado a ele, haverá Contexto, uma conferência com André Barata e Martim Sousa Tavares. No mesmo dia, o espetáculo infantojuvenil Álbum de família da criadora Costanza Givone que pretende refletir sobre a enorme variedade de famílias que existem atualmente. Terá lugar ainda no mesmo dia a inauguração dos Encontros da Imagem.

Soraia Ramos / Fotografia de Klasszik


No dia 28, será a vez do mítico grupo Mão Morta apresentar o novo espetáculo Viva la Muerte!, em jeito de comemoração dos seus 40 anos, que terá também, durante a tarde, um momento associado ao espetáculo, Conversas com Artistas: Do fascismo à extrema-direita e vice-versa, com a presença no painel de Carlos Martins, Manuel Loff, Sílvia Correia e Luís Trindade, conversa que terá moderação do músico Miguel Pedro.

Nos dias 3 e 4 de outubro, haverá Frente e Verso, momento que convida à perspetiva cruzada de temas inquietantes a partir de narrativas resultantes deste momento histórico, apresentando Blackface, do criador Marco Mendonça, no dia 3 e o espetáculo Cantar de Galo da mala voadora, no dia 4.

No dia 11, o Theatro Circo será palco da primeira reativação do projeto, A Luta Contínua, para a qual os Clã convocam de novo Ana Lua Caiano, Capicua e Eu.Clides, e juntam, pela primeira vez, A Garota Não. No dia 12, receberemos o espetáculo infantojuvenil Quinta dos Animais, encenado por Tonan Quito, com texto de Inês Fonseca Santos, a partir do texto original de George Orwell. No mesmo dia, terá lugar a Conversas com Artistas com a atriz Cláudia Gaiolas e a investigadora Francesca Rayner, abordando a importância da obra de Orwell. Nos dias 12 de outubro e 16 de novembro, a Companhia de Espetadores regressa para permitir ao público refletir sobre alguns espetáculos da programação do Theatro Circo, neste caso abordará Blackface, Cantar de Galo e Quis saber quem sou.

No dia 18 de outubro, o reconhecido trio de jazz galego, Sumrrá apresenta um novo projeto junto ao cantautor multidisciplinar Niño de Elche, duas forças criativas que representam a vanguarda musical galega e espanhola. No dia seguinte, 19, há Espaço Comum com Teatro e Brincadeira, uma experiência compartilhada com diferentes públicos, um dispositivo de reflexão coletiva sobre os múltiplos lugares, visíveis e invisíveis, que um teatro ocupa na cidade, enquanto espaço de participação artística, cívica e política, neste caso para um público dos 7 aos 12 anos.

Dos dias 25 a 27 de outubro, o Festival Semibreve regressa a Braga para a 14ª edição. No dia 26, terá lugar o workshop HIDE TO SEEK: dance in your shadow, inserido no programa da Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura.

O mês de novembro abre no dia 2 com o regresso de Bill Frisell a Braga para apresentação do novo disco Four, acompanhado dos músicos Gerald Clayton, no piano, e Johnathan Blake na bateria, e com o colaborador de longa data Greg Tardy no saxofone, clarinete e clarinete baixo. Entre os dias 7 a 9 e 21 a 23 de novembro, receberemos Temos Nós, Também, Direito à Preguiça?, uma residência artística participativa com Hugo Cruz e Artur Carvalho.

Dias 8 e 9, a peça Quis saber quem sou – um concerto teatral, sobe ao palco do Theatro Circo, com encenação de Pedro Penim do Teatro Nacional D. Maria II, na qual serão revisitadas muitas das canções da revolução de abril. Associada à peça, o Contexto junta Pedro Penim e a investigadora Magda Rodrigues para abordar a fundo a temática associada a este espetáculo.

No dia 15, o coreógrafo Victor Hugo Pontes regressa a Braga para apresentar Corpo Clandestino, um espetáculo de dança para sete intérpretes, desafiando a normatividade dos corpos em palco.
Entre os dias 15 a 17 de novembro, o Festival Para Gente Sentada volta a ocupar o Theatro Circo e o gnration, apresentando alguns nomes como Mount Kimbie e Julia Holter.

Entre os dias 19 e 23, O Sr. George não tem nada a ver com isto, é uma sessão de cinema pensada para público infantojuvenil que apresentará um conjunto de curtas-metragens oriundas de vários locais do globo, iniciativa pensada pela Confederação – Coletivo de Investigação Teatral. Entre os dias 15 a 17 de novembro, o Festival Para Gente Sentada volta a ocupar o Theatro Circo e o gnration, apresentando alguns nomes como Mount Kimbie e Julia Holter.

No dia 22 de novembro, Kevin Morby volta a apresentar-se em Braga, desta vez com o Ensemble da Escola Profissional de Música de Espinho. O Espaço Comum tem novo encontro a 23 de novembro, desta vez com o tema Teatro e a Vizinhança, pensando assim as relações de quem coexiste com o Theatro Circo de uma forma diária.

O mês de dezembro traz mais um espetáculo com assinatura do ciclo Contraponto, desta vez com The Gavin Bryars Ensemble, um dos nomes mais conceituados da música experimental e minimalista da atualidade, estreia-se em Braga acompanhado de músicos da Academia de Música de Espinho e do Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga. A terminar a programação de fim de ano, no dia 14, haverá encontro final no Espaço Comum e, no mesmo dia, terá lugar a oficina As perguntas da menina do Ó, momento este criado por Adriana Campos e Ana Lúcia Figueiredo, que procurará responder a todo os porquês dos mais jovens.

Os bilhetes estão disponíveis na bilheteira do Theatro Circo, locais habituais e online aqui.

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