Tiago Rodrigues estreia “O Cerejal” no Festival d’Avignon e será protagonizado por Isabelle Huppert
O espetáculo, coproduzido pelo Teatro Nacional D. Maria II, conta com uma equipa francesa e portuguesa e será protagonizado pela atriz Isabelle Huppert, a quem se junta um elenco composto por outros 11 atores e 2 músicos. A estreia está marcada para 5 de julho.
Tiago Rodrigues, encenador, dramaturgo e Diretor Artístico do Teatro Nacional D. Maria II, vai estrear O Cerejal, de Anton Tchékhov, na 75ª edição do prestigiado Festival d’Avignon, de 5 a 17 de julho, numa produção do próprio Festival. O espetáculo, protagonizado pela atriz francesa Isabelle Huppert e com os artistas portugueses Isabel Abreu, Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo no elenco, será apresentado na Cour d’Honneur do Palais des Papes, um dos históricos e mais importantes espaços do Festival. O anúncio foi feito pelo próprio Festival d’Avignon, numa conferência de imprensa que teve lugar online hoje, dia 24 de março, às 13h de Lisboa.
O Cerejal será também apresentado na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, em dezembro deste ano, integrado na Temporada 2021-2022 do Teatro. A estreia em Lisboa marcará o arranque de uma digressão europeia, que se prolongará para 2022.
Com encenação de Tiago Rodrigues, O Cerejal contará com um elenco de 12 atores e 2 músicos, num espetáculo falado em francês e com uma equipa composta por artistas franceses e portugueses. Em palco estarão Adama Diop, Alex Descas, Alison Valence, David Geselson, Gregoire Monsaingeon, Isabel Abreu, Isabelle Huppert, Marcel Bozonnet, Nadim Ahmed, Océane Cairaty, Suzanne Aubert e Tom Adjibi, e os músicos Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves, também responsáveis pela música original do espetáculo. Esta criação contará ainda com cenografia de Fernando Ribeiro, figurinos de José António Tenente, luz de Nuno Meira e sonoplastia de Pedro Costa.
“Sempre olhei para a última peça de Tchékhov [O Cerejal] como uma obra sobre o fim das coisas, a morte, a despedida. Estava enganado. Hoje, estou certo de que é uma peça sobre a mudança.”, afirma Tiago Rodrigues, encenador. “Montar O Cerejal é falar do que acontece pela primeira vez. É falar de um tempo em que ocorre uma mutação social ainda invisível mas profunda, um tempo vivido por personagens que não perceberam ainda que o que lhes parece excecional é apenas a nova normalidade. Montar O Cerejal é falar de mulheres e homens que pensam e vivem coisas que nunca foram vividas por ninguém antes. É sobre um tempo histórico inédito. É sobre as dores e as esperanças de um mundo novo que ainda ninguém compreende inteiramente. É sobre nós.”, acrescenta.
Em 2017, Tiago Rodrigues estreou Sopro no Festival d’Avignon, uma produção do Teatro Nacional D. Maria II que, desde então, se mantém em digressão um pouco por todo o mundo, tendo já sido apresentado mais de uma centena de vezes em dezenas de cidades. Quatro anos depois, é a vez de O Cerejal ter estreia mundial no importante festival de teatro francês, seguindo depois em digressão.
O Cerejal é uma produção do Festival d’Avignon, em coprodução com o Teatro Nacional D. Maria II, Odéon-Théâtre de l’Europe, Théâtre National Populaire de Villeurbanne, Comédie de Genève, La Coursive, scène nationale de la Rochelle, Wiener Festwochen, Comédie de Clermont Ferrand, Théâtre de Liège, National Taichung Theater, Teatro di Napoli – Teatro Nazionale e Fondazione Campania Dei Festival – Compania Teatro Festival.