Três coreógrafos portugueses participam na Bienal da Dança de Lyon em França
Os coreógrafos portugueses Marco da Silva Ferreira, Marlene Monteiro Freitas e Catarina Miranda vão participar na Bienal de Dança de Lyon, em França, que decorre entre 09 e 30 de setembro, a primeira sob a direção de Tiago Guedes.
A presença portuguesa neste certame internacional da dança abre com “Guintche”, um solo de 2010 de Marlene Monteiro Freitas, a 12 e 13 de setembro no Théâtre de la Croix-Rousse, com percussão ao vivo, seguindo-se Marco da Silva Ferreira, a 15 e 21 de setembro, com “Fantasie Minor”, na área da dança urbana.
Entre os artistas lusófonos, também estarão a coreógrafa e investigadora portuguesa Catarina Miranda, e ainda os coreógrafos brasileiros Lia Rodrigues e Carlos Garbin, numa programação que reúne alguns dos maiores nomes da dança contemporânea, como Boris Charmatz, pelo Tanztheater Wuppertal Pina Bausch, Anne Teresa De Keersmaeker e Sidi Larbi Cherkaoui.
Nesta 20.ª edição da bienal – a primeira desde que a direção foi assumida pelo antigo diretor artístico do Teatro Municipal do Porto Tiago Guedes – a equipa ainda trabalhou a programação com algumas escolhas da antiga diretora, Dominique Hervieu, apontou o criador português num texto colocado no sítio do evento dedicado à dança contemporânea.
“Esta edição […] é uma Bienal de transição, em que metade das escolhas artísticas foram feitas antes da minha chegada por Dominique Hervieu, a quem dirijo as minhas mais calorosas saudações e agradecimentos”, escreve o coreógrafo, que assumiu também a direção da Maison de La Danse de Lyon e dos Ateliers de la Danse naquela cidade.
Com uma programação de 48 espetáculos e projetos de criadores de 14 países, “a bienal afirma-se, mais do que nunca, como o local para explorar e descobrir as últimas novidades em coreografia, […] empenhada numa programação equitativa, oferecendo uma diversidade de estéticas, formatos, narrativas poéticas ou políticas, gerações e origens dos artistas”.
Tiago Guedes, que estava à frente do Teatro Municipal do Porto – que gere o Rivoli e o Campo Alegre – desde 2014, e dirigia o Centro de Residências e Criação Artística Campus Paulo Cunha e Silva desde a sua criação, em 2021, fundou anteriormente, em 2009, o Festival Materiais Diversos e o Festival Dias da Dança.
Formado na Escola Superior de Dança, o bailarino e coreógrafo internacionalizou-se a partir de 2006 como artista associado do teatro Le Vivat, em Armentières, na França.