#19 Essenciais do Cinema – Les Diaboliques (1955)
Se estás a ler isto é porque chegaste ao “Essenciais do Cinema”– uma nova rubrica da CCA para quem quer descobrir um pouco mais. Com temáticas menos generalizadas, por vezes menos actuais mas igualmente relevantes. Com tudo isto, é normal que por aqui encontres – e temos mesmo de te avisar – mais texto. Bem-vindo ao “Essenciais do Cinema”.
Les Diaboliques (1955)
Realizador: Henri-Georges Clouzot
Protagonizado por: Simone Signoret, Véra Clouzot e Paul Meurisse
É um dos filmes mais referenciados e mais preciosos para um género cinematográfico de que há memória. Juntamente com “Psycho”, este pode ser o segundo filme mais importante para o género do suspense, thriller ou de crime/mistério. Para ser verdadeiro, teria de dizer que este é o filme mais importante para o género, já que inspirou “Psycho”, fascinando o autor do livro ‘Psycho’ e grande parte da crítica especialista neste género cinematográfico. No entanto, a fama de “Psycho” fá-lo ser o mais importante do género. É, também, classificado como um filme de terror/horror, tendo obtido diversas classificações ao longo dos anos. Hoje em dia, é visto como uma obra-prima e um óbvio Essencial do Cinema.
A mulher e a amante de um homem conspiram para o matar e após o crime ser cometido uma série de acontecimentos assustadores e perturbantes começam a acontecer. O aftermath, desse mesmo crime, surpreende os espectadores e consegue manter muito viva a chama do mistério e da surpresa. A cena do homicídio é, igualmente, aterradora e perturbante, à sua maneira. Para investigar o crime, um ex-detective envolve-se na história e começa a incomodar as duas assassinas que reagem de formas diferentes, às consequências do crime por elas perpetrado. A cena em que Michel, o homem assassinado, aparece na banheira do quarto de uma das assassinas é considerada uma das mais assustadoras do cinema, sendo outro dos motivos para que fãs de filmes de terror o queiram visualizar. O final do filme é um dos mais estranhos de sempre, ‘desmanchando’ as conclusões criadas, pelo espectador, até então.