#5 Essenciais do Cinema – Rififi (1955)

por João Braga,    8 Setembro, 2016
#5 Essenciais do Cinema – Rififi (1955)

Se estás a ler isto é porque chegaste ao “Essenciais do Cinema”– uma nova rubrica da CCA para quem quer descobrir um pouco mais. Com temáticas menos generalizadas, por vezes menos actuais mas igualmente relevantes. Com tudo isto, é normal que por aqui encontres – e temos mesmo de te avisar – mais texto. Bem-vindo ao “Essenciais do Cinema”.

Rififi (1955)
Realizador: Jules Dassin
Protagonizado por: Jean Servais, Carl Möhner e Robert Manuel

É Film-noir no seu melhor! É uma obra-prima incansável do cinema francês e obrigatório para quem é fã de filmes de qualidade. O filme, apesar de filmado com baixo orçamento, perdura como um dos clássicos mundiais e um exemplo de como a qualidade supera os elevados orçamentos, característica típica de grande parte dos filmes que se fazem actualmente. É muito reconhecido pela fantástica cena do roubo, com mais de trinta minutos de duração, sem falas e filmada sem cortes. Essa mesma cena é ainda um exemplo e uma referência para cenas semelhantes, que foram sendo feitas ao longo dos anos. O facto de não conter música, diálogo e ter a característica única de ter sido filmada de uma vez só, eleva este filme ainda mais.

Tony “le Stéphanois” é história antiga, foi um respeitado criminoso, no entanto os anos não foram muito favoráveis para esse estatuto se manter. Após ter sido libertado da prisão, Tony quer mostrar-se a ele próprio, cometendo um astuto e audaz assalto. Jo e Mario, dois amigos de Tony, têm em mente um plano simples, com a finalidade de assaltarem uma joalharia e roubarem algumas jóias da montra. Os dois convidam Tony a participar, no entanto Tony tem outro plano em mente: atacar a mesma joalharia e arrombar o cofre, carregado com preciosidades. César, interpretado por Jules Dassin, torna-se no último elemento desta equipa. A ex-namorada de Tony junta-se, também, a este enredo, ganhando uma importância fulcral que determina o fim trágico de um filme lendário.

“Rififi” é um dos filmes que mais vontade tinha em apresentar neste Essenciais do Cinema. Não digo que seja subvalorizado, porque não é, tendo em conta as várias referências e os vários prémios que ganhou. No entanto, é um pouco esquecido neste tipo de publicações. É a grande obra-prima de Jules Dassin, um dos excelentes realizadores do cinema francês. “Rififi” nunca foi reconhecido pela Academia, uma das maiores injustiças da história do cinema. O filme é decerto um Essencial do Cinema!

 

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