The Fresh & Onlys, Suuns, Linn da Quebrada, Allen Halloween e Lia Mice vão estar no Maus Hábitos
Já são conhecidos os primeiros nomes que vão ocupar a sala de espectáculos do Maus Hábitos no Porto até Novembro. O calendário de concertos arranca com a aguardada estreia dos The Fresh & Onlys em Portugal (13 de Setembro). Nascida na fértil baía de San Francisco, de onde surgiram à última década nomes como Ty Segall ou Thee Oh Sees, o cloectivo liderado por Tim Cohen integra o leque de bandas que tem vindo a afastar as vertentes mais indie do rock dos espectros mainstream. Já tiveram data de estreia marcada para o Portugal, mas os antecipados concertos acabaram por nunca acontecer. Chega agora a hora de ouvis Wolf Lie Down, o mais recente disco, editado via Sinderly. Na mesma semana (dia 12) regresso dos ingleses Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs, eles que são uma das mais incendiárias bandas do rock inglês de hoje. Ainda em Setembro, a estreia dos mexicanos Tajak, que passam também pelo Milhões de Festa. A Portugal trazem Amsterdam 211 um disco com referências nos nomes máximos da contracultura (Stooges, Spacemen 3, Suicide, Can), mas que foge a qualquer rota determinística, reinventando-se a cada segundo para, sem rodeios, injectar-se no cérebro. A fechar o mês, o one man carnival Mr. Vast, alter-ego para Henry Sargeant, actor, músico e performer.
É um dos nomes de frente da cena trans e feminista do Brasil. Desde o lançamento dos primeiros singles até Pajubá, o disco que serviu de passaporte para a primeira tour europeia, que Linn da Quebrada não deixa o mundo indiferente às suas músicas: directas, provocatórias, sem “falinhas mansas” servem como espaço de luta pela quebra de paradigmas sexuais, de género e corpo. Regressa ao Porto, a 5 de Outubro.
Diz-se que os Suuns são uma espécie de músicos filósofos. Crescidos por entre o free jazz, no wave, IDM e krautrock, o quinteto canadiano tem vindo a desenhar uma discografia que é, em grande medida, um estudo de contrapontos entre as suas diversas influências. Felt, o novo disco editado no arranque de 2018, é a mais recente prova dos nove para o colectivo, um registo mais solto e menos cerebral que passa pelo Porto 30 de Outubro. Tem sido descrito como um dos mais prolíficos produtores no universo da música agressiva. Sob o moniker Author & Punisher, Tristan Shone, ex-engenheiro mecânico, explora os caminhos da música de peso fora da instrumentação tradicional, aplicando o seu conhecimento na criação de máquinas de precisão que abrem novos espaços ao doom. A estreia, no Porto, acontece em Outubro (dia 25) meses antes da edição do seu primeiro LP via Relapse Records.
Ao longo do mês de Outubro, o Maus será ainda um dos espaços do Queer Porto – Festival Internacional de Cinema Queer. Entre 10 e 13 de Outubro, há cinema, djsets e performances a completar a competição desta segunda edição do festival.
Da escola de nomes como Laurel Halo, Container ou Aïsha Devi, Lia Mice tem vindo a ser coroada com o título de “uma das vozes pioneiras no pop experimental”. Dj residente nas Electrolights AV, uma das residências mensais da londrina Rye Wax, os seus live sets incorporam instrumentos desenhados à medida e sampling de voz ao vivo. A vinda a Portugal, marcada para 22 de Novembro, serve para mostrar The Sampler As A Time Machine.
No plano nacional, em Setembro é dado o pontapé de saída para mais um circuito Super Nova, o festival itinerante, que tem vindo a unir salas de Norte e Sul do país. Nesta nova ronda de concertos em tour partilharão palco Baleia Baleia Baleia,Fugly e Cave Story. A primeira sessão, no Maus, acontece a 28 de Setembro, com programação paralela de debates e djset Lovers & Lollypops. Em Outubro, a música nacional faz-se com o rapper Allen Halloween (dia 4) e com mais um episódio da residência da editora Enchufada, a 27 de Outubro.
Pelo Maus Hábitos passarão ainda Sneers (2 de Outubro), Bike (3 de Outubro), Signor Benedick The Moor (8 de Novembro) e Paul Jaccobs (15 de Novembro).
No universo das artes performativas, arranca em Setembro, Acesso de Vertigem, o programa de investigação e criação para a área da performance proposto por Susana Chiocca. O projecto incluirá uma residência de criação, entregue a António Lago, uma conversa e uma mostra que, a par do trabalho do residente, contará com trabalhos de Alexandre A. R. Costa, Carolina Grilo Santos, Diana Reis, Dori Nigro e Susana Mendes Silvas.
No campo das artes visuais, continuidade à curadoria de João Baeta para a Muppi Gallery, sob o tema: A Politica das Imagens. Entre Setembro e Novembro, expõem no Maus Hábitos José Maças de Carvalho, Rodrigo Amado e João Fiadeiro. Em Outubro, inaugura a exposição de Anthony Plasse, o próximo artista em residência do programa Caravana.