Vários artistas nacionais juntam-se e fazem “Um Disco para José Mário Branco”
“Um Disco para José Mário Branco” é uma prova de admiração e afecto, e também um agradecimento. Pela música, pelas palavras, pelo exemplo, pela atitude, pela inspiração. Ao reunir um conjunto de artistas tão ecléctico e diversificado, o resultado foi um retrato-mosaico de uma obra maior da música portuguesa. Ao juntarmos tantas sensibilidades diferentes, percebemos que José Mário Branco chegou a várias gerações sem perder força, que as suas ideias, soluções e abordagens à canção, no fundo a sua visão artística, continuam a fazer sentido e caminho.
Alinhamento do disco:
1. Luca Argel – Queixa das Almas Jovens Censuradas (inédito)
2. Marfa – Engrenagem (inédito)
3. Osso Vaidoso – Cantiga da Velha Mãe e dos Seus Dois Filhos (Mãe Coragem) (inédito)
4. Batida feat. AF Diaphra – A Cantiga Is The Weapon (inédito)
5. Primeira Dama – Tiro-no-liro (inédito)
6. Guta Naki – Canto dos Torna-Viagem (inédito)
7. Ermo – Eram Mais de Cem (inédito)
8. JP Simões – Inquietação
9. Camané – Fado Penélope
10. Lavoisier – Eu Não Me Entendo
11. The Walkabouts – Hard Winds Blowin’ (Sopram Ventos Adversos)
12. SINGLE – Cantiga Para Pedir Dois Tostões
13. Peste & Sida – Década de Salomé feat. José Mário Branco
14. Ruas – Comboios Parados
15. José Mário Branco e Mão Morta – Loucura
16. João Grosso – FMI (inédito)
Este disco partiu da celebração dos 40 anos do 25 de Abril, tendo o José Mário Branco como referência. Fez-se um livro (na Abysmo) e um espectáculo (na Casa da Música). Lançaram-se sementes. E agora, recolhemos os frutos nas leituras inéditas de Luca Argel, Marfa, Osso Vaidoso, Batida feat. AF Diaphra, Primeira Dama, Guta Naki, Ermo e João Grosso. E completamos este lote com uma recolha de versões, colaborações e citação já editadas de JP Simões, Camané, Lavoisier, os norte-americanos The Walkabouts, os espanhóis SINGLE, Peste & Sida e Mão Morta.
Conclusão: a obra de José Mário Branco vai do hip-hop à electrónica, do fado à pop, do rock à poesia pura e dura, sem passar pela facilidade, gratuidade ou vacuidade. É política, emotiva, terna, dura, alegre, triste, lúdica, inteligente. E sempre generosa. Como este feliz mapa que (re)inventa caminhos, (re)aponta direcções e, no entretanto, (re)descobre tesouros.
Baralha-nos e dá-nos de novo. O Zé Mário e alguma da mais interessante música portuguesa dos últimos 50 anos.
“Um Disco para José Mário Branco” está já disponível para download e streaming na Apple Music, Spotify, Youtube e restantes plataformas digitais. Chega às lojas em CD no dia 14 de Junho.