Os magníficos Anders(s)ons do cinema
Wes Anderson e Roy Andersson são dois cineastas reconhecidos pelo seu estilo diferenciado e pela estética que implementam nas suas obras. Tendo isso em mente, Luís Azevedo, para o seu projecto Beyond The Frame, realizou um novo vídeo-ensaio onde analisa ambos os realizadores e aquilo que os torna únicos.
Focando-se nas similitudes e contrastes entre os dois cineastas, o vídeo-ensaio analisa a forma como ambos representam a realidade imaterial de forma tangível. Em relação a Wes Anderson, usando como exemplo o filme The Grand Budapest Hotel, o realizador dá vida a uma memória, sendo precisamente aí que a história tem lugar. No teatro, Tennessee Williams chama-lhe “memory play”, havendo aí uma narração dos eventos passados por parte do personagem principal. Tendo lugar nas memórias, estas têm tendência para omitir certos detalhes e exagerar outros tantos, dando uma visão quase poética no espectro geral.
Nas obras de Roy Andersson esse revivalismo da memória é-nos trazido através do exagero. Para tornar o mundano mais percetível, Roy exagera-o estética e tematicamente. Esse exagero é acompanhado de uma imagem estática, mas complexa, que obriga o espectador a uma atenção redobrada e que funciona como educação visual.
A estética ao serviço da mensagem que ambos os realizadores querem passar. Tudo isto e bem mais analisado no mais recente vídeo-ensaio com a marca Beyond The Frame.
Vídeo-ensaio realizado para o projecto Beyond The Frame de Luís Azevedo