O Salgado Faz Anos… FEST! regressa ao Maus Hábitos
Uma festa de anos que é um festival? Um festival que é uma festa de anos?
É daquelas tradições que nunca ninguém percebeu muito bem, mas a verdade é que já lá vão sete edições do festival que afinal é só uma festa de anos. O Salgado faz Anos … FEST! volta, este ano, a fechar o mês de janeiro no Maus Hábitos com mais 9 horas de música espalhadas por quatro palcos-sala, num alinhamento que dá destaque à produção nacional.
A festa, marcada para dia 25 de janeiro, arranca às 21:30 e dura até ao raiar do dia. Os bilhetes já se encontram à venda pelo preço reduzido de 10 euros (limitado a 200 bilhetes), passando a custar 15 depois de esgotado este lote inicial.
Comecemos por louvar os regressos. Tinham apenas 14 dias de existência quando pisaram o palco do Paredes de Coura. Hoje são uma das bandas poucas bandas nacionais que se posicionam na fileira do culto para ouvintes de todas as idades dentro e fora do Porto. Os ZEN estão de regresso aos palcos nacionais, com formação original, para nos lembrarem o bom que foi ouvir, pela primeira vez, The Privilege of Making the Wrong Choice. Também de regresso à sala portuense, banda-furacão a cruzar os mares que ligam Lisboa à Praia, os Scúru Fitchádu fizeram do funaná aquilo que ele não sabia que podia ser: um punk tingido a raios de sol, que tem tanto de abanão na anca como headbanging, de hip hop como de electrónica em distorção.
É nos clubes e nos terraços, nos vãos de escadas, nos bares de motoqueiros ou palcos de grandes festivais, que os The Dirty Coal Train se sentem confortáveis. Inquestionáveis senhores dos “ao vivo”, o power trio de inspiração DIY criado pelo casal Ricardo Ramos e Beatriz Rodrigues, são uma das mais produtivas e trabalhadoras bandas rock nacional. Tocam ao Porto numa noite que conta ainda com uma selecção de peso na nova geração do rock com atitude. É deixar espaço na frente para as investidas de garage dos Fugly, a garra soul do blues/rock dos Bed Legs e a crueza nortenha dos fafenses El Señor.
Pelo Maus Hábitos ouvir-se-ão ainda as palavras de ordem de O Gringo Sou EU, a candura virtuosa de Nooito (Angélica Salvi + Ece Canlı), a experimentação livre de Joana Guerra, a imprevisibilidade do Colectivo Pointlist, o badwave dos recém criados Conferência Inferno, as experiências electrónicas de Lorr No e os gritos de guerra filtrados por rock instrumental dos Don Pie Pie. Nas presenças internacionais, regresso a Portugal da cantora e compositora brasileira LaBaq, dos espanhóis FAVX e da artista multidisciplinar Sara Pérsico.
Última presença confirmada para “o gajo que se baldou o ano passado”, ou pelo menos assim o garante o senhor pelo qual o Porto se junta, no dia 25 de janeiro, no 178 da Rua Passos Manuel.