“Bojack Horseman”: para rir enquanto se chora
“Bojack Horseman” chegou à Netflix em 2014 e em poucos anos tornou-se numa referência na animação para adultos pela forma crua como aborda temas como a depressão e o comportamento autodestrutivo.
Neste vídeo viajamos até às origens do cavalo mais deprimido da televisão para conhecermos a ideia que esteve na origem da série e percebermos um pouco mais sobre a série que tem deixado tanta gente deprimida.
Apesar de ter começado como uma paródia mais ou menos grosseira da indústria de Hollywood, recheada de trocadilhos e referências sobre as celebridades do momento, a série criada pelo californiano Raphael Bob-Waksberg foi rapidamente evoluindo à medida que se ia aventurando na psique conturbada das suas personagens.
Com a mesma sofisticação que usa para analisar as relações humanas, “Bojack Horseman” aborda também alguns assuntos chave da atualidade e mais do que doutrinar o espetador, pretende levá-lo a refletir. São frequentes, por exemplo, as referências ao movimento #metoo e à forma como a mulher é tratada na sociedade.
Mas como a mensagem vale tanto quanto a forma como é apresentada, para garantir que não deixa ninguém indiferente, a série arrisca constantemente em formatos e narrativas pouco convencionais.
Entre as obras que influenciaram “Bojack Horseman”, encontram-se as primeiras temporadas dos Simpson, pelo tom melancólico de alguns dos episódios mais memoráveis, mas também os “Animaniacs”, “Archer”, a Pixar, o “South Park” e o trabalho do animador Don Hertzfeldt.
Seis anos depois, “Bojack Horseman”, chegou ao fim, marcando o final de uma era na produção da Netflix, mas a série “Undone”, do mesmo criador, promete continuar a reflexão televisiva sobre a humanidade e o sentido da vida. E nós agradecemos.
Este artigo e vídeo são da autoria de J.B. Martins. Originalmente o vídeo foi produzido para o canal de cinema CINEBLOG no Youtube.