Conan Osíris: “Hoje em dia se não fores um bocadinho um ‘meme’, não és memorável”
Um ano depois da Eurovisão, Conan Osiris aventura-se nas colaborações com Ana Moura, Branko e Messias Maricoa, enquanto prepara o novo trabalho de estúdio.
Conan Osiris ficou conhecido do grande público com a vitória no Festival da Canção 2019. Dois anos antes de “Telemóveis”, lançava o álbum “Adoro Bolos” que levou a sonoridade do rapaz do futuro às listas de melhores do ano de rádios e publicações nacionais. A passagem pelo “Programa da Cristina”, da SIC, foi outro momento que pôs Portugal a falar e não só. “Foi fixe ter estado lá mas foi estranho porque não pensei que aquele momento andasse a rolar durante a eternidade”. Habituado ao universo da Internet, Conan considera que “hoje em dia tudo é “memeficável” e se não fores um bocadinho um “meme” não és memorável”.
Depois da passagem pela Eurovisão e de percorrer o mundo com os seus discos do “tempo da loja”, Conan Osiris encheu o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e o ano de 2020 começou com “Vinte Vinte“, tema que partilha com a fadista Ana Moura e o músico Branko. No início de maio foi lançada “Baza Agora“, colaboração com o músico moçambicano Messias Maricoa. “Nunca fiz música com ninguém e então comecei a aceitar convites e foi e está a ser bué giro”, confessa.
O contexto da pandemia e da “nova” forma de contactar com pessoas, assusta o artista que não sabe como vai “voltar a tocar em pessoas”. No entanto, inventou recentemente um novo cumprimento, com a mãe, para evitar contacto físico de risco: “uma cuzada”. Para regressar a uma “normalidade”, Conan Osiris confessa que vai “cumprir 4 meses em casa para poder ir à praia. Tenho muitas saudades da praia”.
A preparação do novo álbum traz também a vontade de aprender um novo instrumento. “Quero aprender a tocar guitarra para fazer música “ainda mais normal”, admite, entre risos. “A cultura, agora, são só “lives“, não acontece mais nada e se eu tivesse uma guitarra podia cantar “Sonhos de Menino” do Tony Carreira, uma música “relatable“.As comparações de qualquer novo artista “fora do normal” como sendo “o novo Conan Osiris” não passam despercebidas mas Conan não vê razões para que aconteçam. “Tento pensar que esse artista entende e vai-me desculpar por… existir (risos)”.
“Eu Chico Em Casa” estreou no início de Abril e procura ser um talk show tradicional, com muito humor, bons convidados e actuações. Apresentado por Francisco Correia, o Chico, é uma oportunidade de receber pessoas em casa, sem correr qualquer risco. Pelo sofá do Chico já passaram Luís Severo, Ana Markl, João Loy, Joana Barrios, Wandson e Benjamim.
Os episódios do Chico têm como parceira a Comunidade Cultura e Arte.
Escrito por Francisco Correia, José Paiva e Rodrigo Nogueira, cenário de Dead Mongol, com produção de Diogo Fernandes e a animação e ilustração a cargo do próprio Chico, todas as semanas há conversas animadas, sempre em casa.
Aos sábados à noite, há novo episódio do “Eu Chico Em Casa” no Instagram, Facebook e YouTube.