NOS Primavera Sound: edição de 2018 já tem datas confirmadas
Com vista privilegiada para o Palco NOS, e enquanto Elza Soares tinha perante si um público rendido e ante a beleza inigualável do Parque da Cidade do Porto, arrancava a conferência de imprensa de balanço para esta edição e onde se levantou também um pouco o véu sobre a edição do próximo ano.
Presentes estavam Rita Torres Batista, Directora da Marca NOS, Nuno Lemos, Administrador executivo da Porto Lazer, José Barreiro, Director executivo do NOS Primavera Sound e Alfonso Lanza, co-director e responsável de marketing do Primavera Sound. Numa nota inicial de agradecimento pela presença no festival, não deixaram também de sublinhar a adesão do público a esta edição, com lotação esgotada de cerca de 30 000 no recinto espalhadas por quatro palcos no segundo dia. Não deixou também de destacar-se o que Bon Iver haveria referido na noite anterior: o Primavera Sound é o festival com mais classe no mundo.
Numa breve conversa com Alfonso Lanza, pudemos falar sobre o percurso do festival por terras portuguesas e sobre os planos para as próximas edições.
Como surgir a ideia de trazer o Primavera também para o Porto?
Alfonso: A ideia foi de José Barreiro. Era um fã do Primavera Sound, aliás era espectador do Primavera Sound em Barcelona e foi ele que apresentou a proposta de criar o festival no Porto. Para nós não era algo que tínhamos em mente, nem sabíamos que havia uma equipa tão profissional por parte dos promotores daqui e que havia apoio da Câmara Municipal e patrocínios tão sonantes, contudo surgiram as circunstâncias e seis anos depois pode dizer-se que foi uma excelente decisão!
Como se sente na edição do Primavera do Porto em relação a Barcelona?
Alfonso: Como em casa! É como estar em casa! As pessoas são muito hospitaleiras que nos fazem sentir muito bem. O perfil do público não se diferencia muito do público de Barcelona, são ambos muito respeitosos, com muito amor à música, pessoas que vêm para ouvir música de verdade. É um lugar especialmente lúdico em que as pessoas vêm pela música e pelo lazer e penso que Porto e Barcelona são cidades semelhantes, partilham o facto de serem as duas segundas maiores cidades dos seus países e são cidades muito culturais, muito abertas a nível cultural e tem sido muito natural viver o Primavera no Porto.
O Primavera de Barcelona tem maiores dimensões do Primavera do Porto. Podemos esperar que no futuro este festival possa atingir as mesmas dimensões?
Alfonso: Essa não é a intenção, fazer aqui um festival tão grande como o de Barcelona. Este festival prima pela identidade própria, pela capacidade mais pequena, que é a capacidade correcta para um festival mais urbano, mais gourmet e não há intenções de replicar mas sim de servir como um complemento ao festival de Barcelona. Não há necessidade de serem réplicas mas sim de se complementarem.
Qual o balanço deste ano, com tanto público estrangeiro e, pela primeira vez, com a lotação esgotada?
Alfonso: Pessoalmente em Barcelona não podes disfrutar dos concertos porque estás a trabalhar constantemente, todavia aqui tenho a oportunidade de viver o festival como um espectador e gostei bastante. O perfil do público, o som… como dizia o José Barreiro, este é o festival com a melhor sonoridade do mundo, penso que não há nenhum festival igual. O som aliado a estes cenários é algo extraordinário. Bon Iver foi algo de lindíssimo.
Quais as expectativas para o futuro?
Alfonso: As expectativas são de continuar a fazer edições como estas por muitos e muitos anos mas a chave aqui é se o público continua a responder da mesma forma que respondeu este ano mas penso que depois desta edição criamos as raízes certas e devemos estar contentes porque as expectativas são de facto muito boas.
A saudade já aperta mas podemos marcar já na agenda os dias 7, 8 e 9 de Junho de 2018 para regressar ao Palco da Cidade do Porto.