Adeus de Daniel Day-Lewis começa esta semana com a estreia de ‘Phantom Thread’
Phantom Thread é um filme quase obrigatório e por vários motivos. O autor do argumento, director de fotografia e realizador (e também produtor) desta obra, de 2 horas e 10 min, é Paul Thomas Anderson, Daniel Day-Lewis faz o seu último filme, uma vez que se vai reformar, e o guitarrista dos Radiohead Jonny Greenwood assume a banda sonora desta obra cinematográfica. Estes são de facto 3 bons motivos para ir ao cinema no próximo dia 1 de Fevereiro.
No início do Verão de 2016, e segundo a Variety, ainda não havia um título definido para o projecto mas já se sabia que o filme ia retratar Londres durante os anos de 1950 e que ia contar a história sobre os bastidores do mundo da moda. Agora, já sabe tudo isso, inclusive a sinopse de Phantom Thread:
“O realizador/argumentista vai mais uma vez explorar o século XX com a sua visão clínica. O novo filme é um drama que se passa no mundo da alta costura de Londres, nos anos 1950. A história ilumina a vida por trás das cortinas de um estilista, contratado pela realeza e pela alta sociedade, que não faz concessões da sua arte”
Depois de em 2007 terem trabalhado juntos em There Will Be Blood a dupla Paul Thomas Anderson e Daniel Day Lewis reúne-se assim mais uma vez. O último filme de Daniel Day Lewis foi Lincoln, em 2012, e rendeu-lhe o Óscar de Melhor Actor. Já Paul Thomas Anderson realizou, em 2014, Inherent Vice e foi a última longa-metragem dirigida por PTA. Recentemente o cineasta esteve também envolvido no videoclipe Daydreaming, dos Radiohead.
Em Junho de 2017 ficámos também a saber que Phantom Thread será o último trabalho do icónico actor no cinema, uma vez que este anunciou que se vai reformar. Já em Novembro do mesmo ano, o actor Daniel Day-Lewis deu uma entrevista à W Magazine e explicou os motivos que o levaram a reforma-se da sua carreia de actor.
“Não querer ver o filme está ligado à decisão que fiz de parar de trabalhar como actor. Mas não é porque a tristeza veio para ficar. Isso aconteceu enquanto contávamos a história e não sei muito bem o motivo. Um dos meus filhos interessa-se por composição musical, então mostrei-lhe o filme “Tous les matins du monde”, sobre o compositor francês Sainte-Colombe. O meu filho foi profundamente atingido pela sobriedade que levou para a criação daquele trabalho, a postura de Sainte-Colombe de não aceitar nada inferior ao extraordinário dele e das outras pessoas. Temo usar a palavra ‘artista’, usada em excesso, mas alguma coisa da responsabilidade do artista bateu em mim. Preciso de acreditar no valor do que estou a fazer. O trabalho pode parecer vital. Irresistível até. E, se o público acredita nele, deveria ser suficiente para mim. Mas, ultimamente, não tem sido.”
Por fim, recentemente e numa iniciativa online de promoção de Phantom Thread, PTA revelou que o seu melhor filme de 2017 foi Call Me by Your Name, do realizador Luca Guadagnino.
Phantom Thread chega assim aos cinemas portugueses a 1 de Fevereiro. Fica agora com o trailer do filme: