Companhia de Teatro de Almada estreia “Uma barragem contra o Pacífico”, de Marguerite Duras

por Conteúdo Patrocinado,    17 Março, 2025
Companhia de Teatro de Almada estreia “Uma barragem contra o Pacífico”, de Marguerite Duras
Fotografia da Câmara Municipal de Almada / DR

Uma barragem contra o Pacífico, de Marguerite Duras, com encenação de Álvaro Correia, estreou no dia 14 de Março no Teatro Municipal Joaquim Benite. O espectáculo ficará em cena até 6 de Abril, de quinta a sábado, às 21h, e quartas e domingos, às 16h. 

A acompanhar esta nova criação da Companhia de Teatro de Almada, haverá as habituais Conversas com o Público, aos sábados, às 18h, no foyer do TMJB. O grande tema deste ciclo de quatro conversas é Colonos e retornados. Conversas de lá para cá. A moderação destas conversas é da jornalista Joana Gorjão Henriques e da psicóloga social Iolanda Évora. 

Estamos no ano de 1931. Uma viúva vive com os dois filhos no Sul da Indochina francesa, num bungalow isolado junto ao mar. As condições de vida destes colonos são miseráveis. Tudo o que possuem é um velho Citroën que perde peças pelo caminho. Esta mãe investiu todas as suas economias — ganhas como pianista de cinema durante 15 anos — num terreno que acabou por se revelar incultivável: todos os anos as plantações são alagadas pelas marés altas. Destroçada com a destruição sucessiva das barragens que insiste em construir para proteger os seus terrenos da água do mar, e acossada pela administração francesa corrupta, esta mulher acaba por sucumbir à loucura. 

Uma barragem contra o Pacífico constitui a estreia absoluta no nosso País de um romance seminal de Marguerite Duras. Num registo autobiográfico, é-nos revelada a história dos europeus deserdados e desiludidos que, simplesmente, buscaram o seu quinhão na herança dos novos mundos. Concretamente, evoca-se a vida de dois jovens que, face às suas existências de ‘brancos pobres’ sem horizontes, mais não possuem do que uma raiva surda. Um sentimento só reconhecível por aqueles que bateram com a cabeça contra um muro tão inexorável quanto o Pacífico, iludidos por um regime colonial. 

Uma barragem contra o Pacífico (Sala Principal, de 14 de Março a 6 de Abril, de quinta a sábado, às 21h, quartas e domingos, às 16h.) M/12 | 1h45 | Preço: entre 6,5€ e 13€ (Clube de Amigos: entrada livre) 

Texto Marguerite Duras 
Adaptação Geneviève Serreau 
Tradução Lúcia Liba Mucznik 
Encenação Álvaro Correia 
Cenografia e Figurinos Sérgio Loureiro 
Música Sofia Vitória 
Desenho de Luz Guilherme Frazão 
Interpretação Bruno Soares Nogueira, David Pereira Bastos, Erica Rodrigues, Íris Cañamero, João Cabral, João Jesus, Qiming Liu e Teresa Gafeira 
Apoio  Antena 2 

Mais informações em ctalmada.pt.

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