Seattle proíbe uso de plásticos em restaurantes, cafés e lojas de alimentos
“91% é a percentagem de plástico que não é reciclado [em todo o mundo]. Mil milhões de toneladas de plástico foram produzidas nas últimas décadas e muita desta quantidade está a transformar-se em lixo e detritos, revela a primeira análise sobre o assunto.”, segundo a National Geographic.
No inicio do mês de Junho ficámos também a saber que a IKEA vai deixar de vender produtos de plástico de uso descartável até 2020. Pratos, Palhinhas, copos, sacos do lixo, sacos de congelação, entre outros, irão deixar de fazer parte da gama de produtos das lojas IKEA. A juntar a isso, nos restaurantes e cafés da empresa, os produtos referidos já estão a ser retirados em 363 lojas de 29 países, incluindo em Portugal.
Agora, e segundo a Agência Lusa, a cidade norte-americana de Seattle também proibiu, desde 1 de Julho, a utilização de utensílios de plástico (palhinhas, garfos, colheres e facas) nos seus mais de 5000 restaurantes, cafés e lojas de alimentos, sob pena da aplicação de multas a partir de 213 euros.
“A produção em massa de plástico, que teve início há apenas seis décadas, cresceu tão rapidamente que criou 8,3 mil milhões de toneladas métricas — na sua maioria, relativa a produtos descartáveis que acabam por ir parar ao lixo. Se esta quantidade parece incompreensível, é porque, de facto, o é. Até mesmo os cientistas dispostos a realizar a primeira contagem mundial da quantidade de plástico produzido, deitado fora, queimado ou colocado em aterros, ficaram horrorizados pela dimensão dos números.”, pode ler-se num estudo divulgado pela National Geographic.
A medida torna Seattle numa das primeiras cidades dos EUA ao proibir este género de artigos de plástico. Caso estes artigos sejam solicitados por um cliente, deverão ser fornecidas alternativas recicláveis. A nova lei abrange todas as empresas do sector de alimentos e bebidas, incluindo restaurantes, cafés, camiões de transporte de alimentos e outros estabelecimentos, isto segundo a mesma fonte.
“”Todos sabíamos que existiu um aumento rápido e acentuado na produção de plástico desde 1950 até ao presente, mas, na verdade, quantificar o volume de plástico acumulado alguma vez produzido foi bastante chocante”, afirma Jenna Jambeck, engenheira ambiental da Universidade de Georgia, especializada no estudo dos resíduos de plástico nos oceanos.”, pode ler-se no mesmo estudo divulgado pela National Geographic.
Por fim, as autoridades de Seattle estão ainda sensibilizadas para que durante o primeiro ano da nova lei a prioridade passe por convencer e não “obrigar” na aplicação das novas regras.