‘Acesso de Vertigem’ questiona a urgência da performance no Maus Hábitos
Questionar o lugar da performance enquanto prática disruptiva e abrir espaço para a improvisação, a inquietação e o inesperado na criação artística são estes os eixos centrais de Acesso de Vertigem, o programa de investigação e criação proposto por Susana Chiocca para o biénio 2018/2019 no Maus Hábitos. Com arranque em Setembro, o projecto incluirá uma residência de criação, entregue em 2018 a António Lago, uma conversa entre o artista residente e a convidada Verónica Metello e uma mostra que, a par do trabalho do residente, contará com trabalhos de Alexandre A. R. Costa, Carolina Grilo Santos, Diana Reis, Dori Nigro e Susana Mendes Silva.
“Criamos um espaço onde o estonteamento possa ocorrer pela singularidade e variedade dos projectos. O elemento de risco, da possibilidade da falha e erro, mas também de improvisação, ampliação e surpresa possíveis numa apresentação performática, invade a curadoria que aposta em trabalhos, na sua maioria inéditos, de criadores de diferentes gerações, unindo-os a sua idiossincrasia.“, Susana Chiocca sobre Acesso de Vertigem
Encenador, actor e performer, António Lago iniciou o seu trabalho no princípio da década de 90, potenciando novos discursos artísticos na área do teatro e da performance e criando novas plataformas como o Teatro Só, a Sala ou Ossos. Tem apresentado com regularidade projectos no campo das artes performativas, explorando temáticas de forte carga social e política. Ao longo de três semanas, António Lago irá construir um trabalho inédito, a ser apresentado a 26 de Setembro no Maus Hábitos. Durante a residência haverá uma apresentação documental e conversa que nos permitirá debruçar sobre o percurso do convidado. Marcada para dia 15 de Setembro no Espaço MIRA, a mesma será conduzida por Verónica Metello.