Arquivo histórico da RTP é transferido para depósitos da Cinemateca

por Comunidade Cultura e Arte,    13 Maio, 2022
Arquivo histórico da RTP é transferido para depósitos da Cinemateca
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Depósito do acervo fílmico da estação pública na Cinemateca entra na fase final.

Depois da transferência de algumas componentes minoritárias da coleção, teve início o transporte do grosso do acervo fílmico da RTP conservado nos depósitos do Prior Velho para as instalações de conservação da Cinemateca no Freixial, o Arquivo Nacional das Imagens em Movimento – ANIM. 

“Este passo vem culminar um processo iniciado em dezembro de 2004, quando foi assinado um protocolo entre as duas entidades (RTP e Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema) com vista à conservação a longo prazo da coleção fílmica da estação pública.”, pode ler-se num comunicado da RTP. Antes, foram dados vários e, nalguns casos, demorados passos intermédios, começando com a edificação de novos depósitos climatizados no ANIM, em parte destinados a albergar os materiais da RTP, a instalação de estantes compactas nos mesmos, ocorrida já em 2019, e a reorganização de todas as coleções fílmicas conservadas na Cinemateca, o que decorreu entre 2019 e 2020.

“Esta operação por parte da RTP surge na sequência do vasto programa de digitalização dos suportes originais em película levado a cabo pelo seu Arquivo ao longo dos anos, uma atividade indispensável para cumprir o protocolo, uma vez que o acordo estabelecido pressupõe que o acesso aos materiais transferidos continuará sempre a ser garantido pela estação pública através dos respetivos suportes digitais. À Cinemateca caberá garantir a maior longevidade possível destes materiais fílmicos nas suas estruturas de conservação.”, pode ler-se ainda no mesmo comunicado.

O passo agora iniciado representa um marco decisivo e vem finalmente permitir a convergência das grandes coleções audiovisuais em suporte de película existentes na Cinemateca e na RTP, assim como a racionalização das medidas de salvaguarda dos originais em película das mesmas a longo prazo. “Não se trata, portanto, de reunir os dois arquivos, que se mantêm totalmente autónomos, mas sim de garantir da melhor forma possível a salvaguarda de mais esta componente do nosso património audiovisual, cujos suportes originais têm as mesmas características materiais e carecem dos mesmos cuidados de conservação das coleções do cinema português arquivadas na Cinemateca.”, lê-se ainda no mesmo texto.

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