“Catarina e a beleza de matar fascistas”, de Tiago Rodrigues, vai estar em cena em Viseu e Penafiel no início de 2025

por Lusa,    9 Dezembro, 2024
“Catarina e a beleza de matar fascistas”, de Tiago Rodrigues, vai estar em cena em Viseu e Penafiel no início de 2025
“Catarina e a beleza de matar fascistas”, peça Tiago Rodrigues / Fotografia de Filipe Ferreira
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A peça “Catarina e a beleza de matar fascistas”, de Tiago Rodrigues, vai estar em cena em Viseu e Penafiel, entre o final de janeiro e o início de fevereiro, anunciou o encenador e dramaturgo, nas redes sociais.

A peça, já incluída na programação do primeiro trimestre de 2025 do Ponto C, em Penafiel, vai estar nesta sala de espetáculos de 24 a 26 de janeiro, seguindo-se representações no Teatro Viriato, em Viseu, em 31 de janeiro e 01 de fevereiro.

O regresso de “Catarina e a beleza de matar fascistas” a palcos portugueses, no âmbito de uma digressão internacional, acontece numa altura em que as mais recentes criações do diretor artístico do Festival d’Avignon estarão em cena em salas portuguesas.

“Hécuba, não Hécuba”, estreada em julho no festival francês, tem as datas de 09 e 11 de janeiro anunciadas para o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e seguirá depois para o Theatro Circo, em Braga, em 27 e 28 de fevereiro, no âmbito da programação da Capital Portuguesa da Cultura 2025.

“No Yogurt for the Dead”, a estrear-se em janeiro no teatro belga NTGent, será apresentada em Portugal no mês seguinte. O novo espetáculo vai estar em cena na Culturgest, em Lisboa, de 19 a 23 de fevereiro.
Primeira colaboração de Tiago Rodrigues com a Comédie-Française, “Hécuba, não Hécuba” centra-se numa atriz que ensaia a tragédia “Hécuba”, de Eurípides, ao mesmo tempo que lida com a realidade do filho autista: de um lado a mulher do rei de Troia, que perde marido, filhos, trono e liberdade; do outro uma criança vítima de um sistema de abusos que a atriz denuncia.

“No Yogurt for the Dead”, sobre a voluntária de um hospital que ouve histórias de um homem prestes a morrer, e sabe do livro que ele nunca chegou a escrever, inspira-se em acontecimentos das últimas semanas de vida do pai de Tiago Rodrigues, o jornalista Rogério Rodrigues (1947-2019), que esteve na direção de títulos como Grand’Amadora e a A Capital, e fez parte das redações do vespertino Diário de Lisboa, do semanário O Jornal e da equipa de grandes repórteres do Público.

“Catarina e a Beleza de Matar Fascistas” regressa a Portugal no âmbito de uma digressão internacional que passou por Nova Iorque, em novembro, poucos dias após as eleições norte-americanas.

A programadora Amy Cassello, diretora artística da Brooklyn Academy of Music (BAM), onde a peça esteve em cartaz, considerou-a “emocionante e incrivelmente oportuna”, em declarações à Lusa: “A peça levanta questões interessantes sobre a responsabilidade individual e coletiva, o que a torna uma experiência teatral poderosa e um comentário perspicaz sobre os tempos atuais”.

“Catarina e a Beleza de Matar Fascistas” centra-se numa família que tem por tradição matar fascistas, ritual que a mais nova de todos, Catarina, se recusa a cumprir, por entender que todas as vidas devem ser defendidas. O espetáculo culmina com um longo monólogo do dirigente de extrema-direita, que alcança maioria absoluta e conquista o poder.

A peça teve estreia em setembro de 2020, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e mantém-se em cena desde então, acumulando prémios e representações em salas internacionais de espetáculo, nos diferentes continentes. Esta semana, estará em cena em Nicósia, no Chipre. Em janeiro regressará a França, para representações em palcos de Saint-Ouen, Avignon, Lyon e Marselha, que intercalará com teatros de Lugano e Lausana, na Suíça.

Tiago Rodrigues soma mais sete espetáculos em digressão mundial ao longo da temporada de 2024-25: “By Heart”, “Coro dos amantes”, “Na medida do impossível” e “O Cerejal”, além de “Hécuba, não Hécuba”, “No Yogurt for the Dead” e “António e Cleópatra”, que estará em cartaz no Théâtre de la Bastille, em Paris, de 27 de fevereiro a 14 de março.

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