Chega às livrarias portuguesas uma das biografias mais completas de Leonardo da Vinci
Depois de personalidades como Steve Jobs e Einstein, chegou a vez de Walter Isaacson retratar o “génio mais criativo da História”.
No dia em que se assinalam os 500 anos da morte de Leonardo da Vinci, a Porto Editora anuncia a publicação da aguardada biografia dedicada a este génio do Renascimento, assinada por Walter Isaacson, um bestseller internacional que chega a 23 de maio às livrarias portuguesas.
A partir de mais de 7200 páginas de anotações, Isaacson retrata com rigor e entusiasmo a vida de Da Vinci e como era o seu método de estudo e trabalho nas mais diferentes áreas.
A nova biografia de Walter Isaacson dá-nos a conhecer um Leonardo da Vinci um pouco diferente, embora alguma informação já tivesse sido confirmada por outros autores. Como é o caso do investigador e historiador Angelo Paratico, no seu livro Leonardo Da Vinci. A Chinese Scholar Lost in Renaissance Italy, publicado em 2014, onde este dizia que Da Vinci seria filho de uma escrava chinesa:
“Tenho a certeza que a mãe de Da Vinci era oriental. Para chegar à conclusão que era chinesa tive que usar um método dedutivo”, explicou Angelo Paratico, em 2014, ao South China Morning Post e foi ainda mais longe dizendo: “Um cliente do pai de Da Vinci tinha uma escrava chamada Caterina. Após 1452, ano em que Leonardo nasceu, esta mulher desaparece de todos os documentos existentes. Provavelmente terá deixado de trabalhar ali”, “Na altura em que Leonardo nasceu, países como Itália e Espanha estavam cheios de escravos orientais”, explicou o historiador italiano.
O mesmo historiador afirmou também que existem vários aspectos na vida do génio italiano que sugerem uma ligação ao mundo oriental: “Ele escrevia com a mão esquerda, da esquerda para a direita, e era vegetariano, algo que não era nada comum na altura. A Mona Lisa é, muito provavelmente, um retrato da sua mãe, como sugeriu Freud em 1910. Se virmos bem, por trás da Mona Lisa está pintada uma paisagem oriental. Até a sua cara revela traços orientais”
Agora, as novidades que Isaacson apresenta na sua nova biografia, Leonardo Da Vinci (2017), corroboram algumas ideias do trabalho de investigação de Angelo Paratico: “O maior génio da história era filho ilegítimo, gay, vegetariano, canhoto, muito disperso e, às vezes, herético”, afirmou Isaacson, resumindo algumas das revelações da sua biografia.
Segundo Isaacson, Da Vinci não tinha vergonha da sua sexualidade e assumia-se como gay, tendo sido denunciado duas vezes por sodomia e quase preso. Para além disso o autor afirma, através desta nova biografia, que Da Vinci mantinha práticas heréticas, provavelmente seria ateu, era um apaixonado por animais e foi vegetariano a vida toda.