Concertos de Michael Kiwanuka em Portugal com novas datas
Dada a evolução da pandemia COVID-19 e consequentes restrições de circulação entre países, nomeadamente com imposições de quarentena, a digressão de Michael Kiwanuka, da qual faziam parte os concertos marcados para Portugal, foi adiada para maio do próximo ano. As novas datas estão agora marcadas para os dias 20 de maio no Campo Pequeno, em Lisboa, e 21 de maio na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
Deste modo, todos os bilhetes adquiridos para o evento serão válidos para as novas datas, sem necessidade de troca ou emissão de novo bilhete, bastando apresentá-los à entrada das salas. Quem não possa comparecer nas novas datas, poderá fazer o seu pedido de devolução no prazo de 60 dias úteis a partir de hoje, no local da compra.
A concreto do Porto já se encontra esgotado. O de Lisboa está também próximo de esgotar.
Michael Kiwanuka nasceu em Muswell, Londres, no ano de 1987, depois de os pais terem fugido do Uganda, forçados pelo regime de Idi Amin. As primeiras paixões musicais foram suscitadas pelo rock, com Radiohead e Nirvana à cabeça. Quando é assim, criar uma banda de covers é quase sempre o passo seguinte na sintomatologia do jovem apaixonado e foi mesmo isso que Michael Kiwanuka fez, quando estudava jazz na Royal Academy Music e música pop na Universidade de Westminster. O seu talento começou a dar nas vistas e um dos primeiros a reparar nisso foi Paul Butler (The Bees), que o incentivou a gravar as primeiras canções. Pouco depois assinou com a editora Communion (Mumford & Sons) e editou os EPs “Tell Me a Tale” e “I’m Getting Ready”. Por esta altura, o nome de Michael Kiwanuka já estava no mapa dos melómanos – e a liderança no BBC Sound Of 2012 foi a materialização dessa crescente expectativa. O primeiro disco chegaria em 2012, precisamente. “Home Again” foi um sucesso comercial e artístico, entrando para os tops e tendo sido nomeado para um Mercury Prize. Michael correu o mundo, mas em 2015 estava na altura de voltar ao estúdio. “Love & Hate” saiu em 2016, com o selo de qualidade da produção de Danger Mouse. Com este segundo registo, Michael Kiwanuka quis arriscar um pouco mais, experimentou, mas isso não afetou as vendas – pelo contrário, o disco assumiu a liderança do top de vendas em Inglaterra.
As influências de vozes como as de Van Morrison ou Curtis Mayfield são óbvias, mas Michael Kiwanuka tem conseguido desenvolver uma linguagem muito própria, numa mistura audaciosa de folk, indie rock e r&b. Em 2019, editou mais um single de sucesso: “Money”, com Tom Misch. O seu terceiro álbum, homónimo, de novo produzido por Danger Mouse, chegou em outubro de 2019. Com a escrita mais apurada do que nunca, “Kiwanuka” é um daqueles clássicos instantâneos. Considerado pelo público e pela crítica como um dos melhores discos do ano de 2019, tendo recebido cotação máxima de publicações como o The Guardian, NME, Q ou o Daily Telegraph. O The Guardian destaca os vocais “calorosos e sinceros” do músico, num registo ao mesmo tempo “intemporal e contemporâneo”. Já o Daily Telegraph aponta para o caráter “hipnotizante e carregado” de um espírito que encontra alívio na música que faz.