Depois de “Frágil”, Filipa Amaro tem nova série na RTP1. “Emília” é “sobre ganhar coragem para tentar” e estreia em Maio
“Procuro encontrar humor nas situações trágicas da vida, ainda que aparentemente pequenas e insignificantes, com uma perspetiva e sensibilidade feminina.”. É assim que se descreve Filipa Amaro, a argumentista e realizadora das séries “Frágil” (2019) e “Emília” (2023), esta última com a estreia marcada para 1 de Maio na RTP1 às 22h30.
Do elenco desta nova série, produzida pela Maria & Mayer, fazem parte Beatriz Maia (Emília), Catarina Rebelo (Rosa), Ivo Canelas (Oleg) e Rita Loureiro (Marla), Igor Regalla (Gustavo), Margarida Serrano (Emília), Tiago Fernandes (Fernando), João Nunes Monteiro (João), Maria Emília Correia (Helena), Luís Araújo (Joel) e Luís Araújo (o actor).
No dossier de Imprensa de “Emília”, que terá 6 episódios, Filipa Amaro descreve o seu processo criativo para este novo trabalho e assume que “dizem que os argumentistas estão a vida toda a escrever sobre o mesmo tema. A minha última série, “Frágil” (2019), é essencialmente sobre o medo de morrer um talento desperdiçado, ainda que as 3 protagonistas não façam nada para o evitar. Uma pintora que não consegue pintar, a rapariga que acredita ser a melhor escritora do mundo, embora nunca tenha escrito uma palavra. O primeiro episódio chama-se literalmente ‘Wasted Talent’“, afirma Filipa Amaro. A realizadora acrescenta ainda, e comparando com a nova série, que “quando acabei de escrever a “Emília” (2023), que inicialmente pensava ser a história sobre uma rapariga que lutava pelo sonho de ser bailarina, apercebi-me que ela é só mais uma bailarina que não consegue dançar. O pânico de tentar fazer o que sonhamos e potencialmente destruir a versão de nós mesmos que tínhamos imaginado com tanto carinho, pode ser paralisante. Esta série não é sobre conseguir todos os nossos objectivos, é sobre ganhar coragem para tentar.“, assume ainda.
Sinopse de “Emília”
“Emília” é uma série sobre a ansiedade de crescer na era digital. Sonha ser a melhor bailarina do mundo, mas Emília nunca fez efetivamente nada para o concretizar. Hoje faz 25 anos, começa a trabalhar na bomba de gasolina local, o que a leva a questionar-se sobre a sua vida só ser uma versão inferior ao que sempre sonhou. Nesse dia entra na bomba de gasolina Rosa, uma rapariga com quem Emília compara a sua vida nas redes sociais, o que lhe permite descobrir que há uma audição na companhia de dança contemporânea onde trabalha Rosa. A partir daí debate-se entre ir à audição, onde possivelmente pode ser rejeitada, e a possibilidade de, finalmente, mudar a sua vida e encontrar na dança o significado que tanto procura.