Djaimilia Pereira de Almeida e José Viale Moutinho vão estar em Cabeceiras de Basto, Braga, para uma tarde de leituras
A 11ª sessão da ação literária “dst – vivos nas livrarias” chega, já no próximo dia 20 de julho, sábado, a Cabeceiras de Basto, onde Djaimilia Pereira de Almeida (recorda a entrevista) e José Viale Moutinho serão os protagonistas de mais uma tarde de leituras, ao vivo, dos seus próprios contos, na Livraria Inquietação, pelas 17 horas.
Autora de 14 livros, Djaimilia Pereira de Almeida tem as suas obras traduzidas em dez línguas e já conquistou inúmeros prémios. Ensinou na New York University e atualmente é consultora da Casa Civil do Presidente da República para os Direitos Humanos, Igualdade de Oportunidades e Não-Discriminação.
José Viale Moutinho, vencedor do Grande Prémio de Literatura dst 2024, escreveu diversos títulos, que lhe permitiram conquistar dezenas de galardões. É ainda autor de uma fotobiografia de Camilo e uma bibliografia camiliana, redigiu inúmeros trabalhos de Literatura Popular, Guerra Civil de Espanha e sobre os campos de concentração nazis, bem como uma extensa obra infanto-juvenil. Os seus livros estão traduzidos em Espanha, na Alemanha, na União Soviética, no Brasil, na Bulgária, na Hungria, entre outros, incluindo braille.
Esta atividade do dstgroup, nunca antes praticada em Portugal, tem como objetivo levar autores portugueses a lerem contos das suas obras nas livrarias que ainda resistem nas cidades de todo o país. O projeto já passou por livrarias das cidades de Braga, Leiria, Setúbal, Vila Nova de Gaia, Angra do Heroísmo, Vila Real, Évora, entre outras.
“Participei numa destas sessões, com o escritor Abel Neves, onde um grande número de leitores entusiastas se juntou a nós para uma conversa animada e informal, mas culturalmente rica e proveitosa para todos os participantes, a começar pelos escritores, que têm sempre curiosidade e interesse em saber como são lidos e interpretados, e que dúvidas, interrogações e discussões eventualmente suscitam”, refere Teolinda Gersão, co-protagonista da sessão de Évora.
“Poucas coisas há no mundo a que ainda possamos chamar ‘milagre’. Vinte ou trinta pessoas juntarem-se, numa livraria, para ouvir e contar histórias, é uma delas. É como se conseguíssemos recuperar o misterioso fio que nos liga uns aos outros e que vem do fundo dos tempos. Nesses momentos, somos outra vez e apenas humanos”, acrescenta Rui Manuel Amaral, co-protagonista de uma das sessões de Braga.
Esta rubrica, comum em países como os Estados Unidos, a Alemanha ou o Reino Unido, assenta agora raízes em território lusitano, já que tem sido tão bem recebida e aclamada pelo público.
“O ‘dst – vivos nas livrarias’ tem sido uma maravilha. Já passou por oito lugares diferentes, por oito livrarias independentes, já teve a participação de 16 autores, já deu azo a belas conversas a partir desses textos. Como curador sou suspeito, mas é muito bonito ver uma ideia assim a fazer-se à estrada, a construir futuro”, remata Jacinto Lucas Pires, curador desta iniciativa.
Este projeto é dinamizado pela Associação Palavrão e tem entrada gratuita.