Doclisboa’16: Os grandes vencedores
A edição de 2016 do doclisboa aproxima-se de um final grandioso para um festival que se reafirmou como um dos festivais de cinema mais importantes do país, e também um dos mais mediáticos. Milhares de pessoas deslocaram-se às várias salas de cinema que calorosamente acomodaram esta edição do festival.
Com o final do doclisboa, chegam também os prémios, e nesta edição, os grandes vencedores foram Calabria e Ama-San. Vê aqui a lista dos vencedores:
– COMPETIÇÃO VERDES ANOS –
Prémio Especial do Júri Verdes Anos
– Atribuído pelo Júri Verdes Anos –
O CABO DO MUNDO, de Kate Saragaço-Gomes / 2016 / Portugal / 15′
Sinopse: Cumprindo a tradição, Lurdes, Maria e Natália vão ao rio lavar cobertores. O que parece ser uma actividade sazonal revela-se uma visita a lugares escondidos, onde, num jogo entre a vontade de molhar os pés e a hesitação, se deixam ficar.
Grande Prémio La Guarimba
– Atribuído pelo Júri Verdes Anos –
PULSE, de Robin Petré / 2015 / Bélgica, Hungria, Portugal / 26′
Sinopse: Uma das maiores quintas de veados da Europa é palco de um conflito numa atmosfera que transcende o espaço físico. Pela pulsação, apreendem-se conexões e disrupções da relação Homem-Animal, distanciando-nos ou aproximando-nos da Natureza.
– COMPETIÇÃO PORTUGUESA –
Prémio Escolas ETIC — para melhor Filme da Competição Portuguesa
– Atribuído pelo Júri Escolas –
O ESPECATDOR ESPANTADO, de Edgar Pêra
Sinopse: “Espantar-se é interrogar, questionar.” Kino-investigação sobre a natureza do espectador de cinema e suas diferentes formas. Entre o ensaio e o manifesto, o expressionismo e o trans-realismo. Com Augusto M. Seabra, Laura Mulvey e Guy Maddin, entre outros.
Prémio Kino Sound Studio do Júri da Competição Portuguesa
– Atribuído pelo Júri da Competição Portuguesa –
A CIDADE ONDE ENVELHEÇO, de Marília Rocha
Sinopse: Francisca, uma jovem portuguesa que mora há um ano no Brasil, recebe Teresa, uma antiga conhecida com quem perdera o contacto. Enquanto Teresa vive momentos de descoberta e encantamento com o novo país onde deseja instalar-se, Francisca deseja voltar a Lisboa.
Prémio Ingreme / Doclisboa para Melhor Filme da Competição Portuguesa
– Atribuído pelo Júri da Competição Portuguesa –
AMA-SAN, de Cláudia Varejão / 2016 / Portugal / Suiça / Japão / 113′
Sinopse: Em Wagu, uma pequena vila piscatória da Península de Ise (Japão), três mulheres mergulham diariamente sem saber o que irão encontrar. Os seus corpos delicados em terra dão lugar a caçadoras no mar. Estes mergulhos são dados há mais de 2000 anos pelas Ama-San.
– COMPETIÇÃO TRANVERSAL –
Prémio do Público
Prémio RTP para melhor filme português transversal a Competições, Riscos, Heart Beat e Da Terra à Lua
– Atribuído pelo público do Doclisboa –
CRUZEIRO SEIXAS – AS CARTAS DO REI ARTUR, de Cláudia Rita Oliveira / 2015 / Portugal / 85′
Sinopse: Cruzeiro Seixas existe num labirinto onde todos os caminhos levam a Mário Cesariny. Subjugado por esta obsessiva relação, Cruzeiro Seixas não viveu, mas deixou documentos desse não viver: 95 anos de pintura e poesia à espera de um reconhecimento maior ao lado de outros autores surrealistas.
Prémio Jornal Público para melhor curta-metragem transversal a Competições e Riscos.
– Atribuído pelo Júri da Competição Internacional –
DOWNHILL, de Miguel Faro / 2016 / Portugal / 17’
Sinopse: Viagem ao outro lado do espelho, em Lisboa – o skate e a sua cultura trazem uma tecnologia da visão em que o movimento, o corpo, o ponto de vista e o espaço se coordenam de modo específico. A cidade desenha-se no prazer dos corpos que a percorrem.
Prémio FCSH para Melhor Primeira Obra transversal a Competições e Riscos
– Atribuído pelo Júri da Competição Portuguesa –
300 MILES, de Orwa El Mokdad / 2016 / Síria, Líbano / 95′
Sinopse: O realizador está a 480 km (300 miles) da família e procura compreender a distância que tem crescido na Síria, desde o início da revolução, em 2011, junto de um estudante de filosofia e activista pela paz e de um comandante do Exército Livre da Síria.
Prémio José Saramago – Fundação José Saramago e Livraria Lello – para o melhor filme falado em português, galego ou crioulo de origem portuguesa transversal a Competições e Riscos.
– Atribuído pelo Júri da Competição Portuguesa –
CORRESPONDÊNCIAS, de Rita Azevedo Gomes / 2016 / Portugal / 145’
Sinopse: O filme inspirou-se nas cartas trocadas entre dois poetas portugueses, Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, que testemunham a sua demanda de liberdade durante um período em que o regime fascista português esteve sob pressão crescente.
– COMPETIÇÃO INTERNACIONAL –
Prémio Sociedade Portuguesa de Autores do Júri da Competição Internacional
– Atribuído pelo Júri da Competição Internacional –
AZAYZ, de Ilias El Faris / 2015 / Marrocos, França / 12′
Sinopse: Abdalá, de seis anos, caminha ao longo da costa e encontra estranhos homens do mar.
Menção Honrosa do Grande Prémio Cidade de Lisboa para Melhor Filme da Competição Internacional
SOL NEGRO, Laura Huertas-Millan / 2016 / Colômbia, França, EUA / 43′
Sinopse: Antonia é uma cantora de uma beleza incomum, exuberante e sombria. A recuperar de uma tentativa de suicídio numa instituição de reabilitação, todos os laços familiares se rompem de forma irremediável. Mas a irmã continua profundamente afectada pelo sucedido.
Grande Prémio Cidade de Lisboa para Melhor Filme da Competição Internacional
– Atribuído pelo Júri da Competição Internacional –
CALABRIA, de Pierre-François Sauter / 2016 / Suiça / 117′
Sinopse: Após a morte de um emigrante calabrês à procura de trabalho na Suíça, dois cangalheiros, Jovan (um cigano que foi cantor em Belgrado) e José (um português apaixonado pela cultura), eles próprios emigrantes, viajam para o sul de Itália para repatriar o defunto.
Os membros dos diferentes júris foram:
– JÚRI COMPETIÇÃO VERDES ANOS –
Giulio Vita, Leonor Teles, Nuno Lisboa
– JÚRI ESCOLAS –
Sara Navarro, Filipa Marecos, João Rodrigues, Filipe Ferreira, Pedro Caseiro
– JÚRI COMPETIÇÃO PORTUGUESA –
Emily Wardill, Mads Mikkelsen, Alexandra Carmo
– JÚRI COMPETIÇÃO INTERNACIONAL –
Manon de Boer, Karen Akerman, Kathrin Kohlstedde, Valérie Massadian, Ludovic Lamant