Entrevista a Indigo Quintet para a Clav Live Sessions
Um sofá Uma história” é uma conversa informal entre o diretor artístico do CLAV-Centro e Laboratório Artístico de Vermil com os convidados das CLAV LIVE SESSION sobre as suas carreiras, processos de criação, arte, cultura, opiniões sociais e outros temas da sociedade, ou seja, dar a conhecer ao público um pouco mais o “ser” que esta por detrás do artista.
Indigo Quintet surge no final de 2018 através do lançamento do seu primeiro disco. O álbum “Indigo Session” reflete a vontade de realizar uma abordagem tímbrica e musical desafiante, através de uma linguagem ousada e única no contexto musical português. O projeto tem como base uma formação instrumental singular e inovadora, constituído por instrumentos únicos, entre eles o Corne Inglês/Oboé/Duduk, Contrabaixo, Guitarra, Violoncelo e Bateria que oferecem ao ouvinte sonoridades que viajam desde o âmbito do clássico, ao jazz ao rock, ao funk, tango, bossa nova.
O disco é lançado em 2019 com sete faixas, e com o seu primeiro single “Café de Saco”, como um hino ao simples hábito quotidiano de tomar um café. As sonoridades do álbum são um reflexo, um espelho e uma reunião das vivências dos próprios instrumentistas que foram formados nas melhores escolas do meio erudito, tocam nas melhores orquestras nacionais e representaram Portugal em orquestras mundiais por diversos lugares do mundo. A música que germina do Indigo Quintet não deve ser categorizada, e não possui uma predileção de estilos. Surge, então, uma linguagem universal e o resultado de diferentes experiências, que possibilitam aos ouvintes uma viagem através de paisagens sonoras exóticas.
O primeiro concerto de Indigo Quintet foi dado em Maio de 2019, tendo uma agenda preenchida em 2020 com festivais nacionais e internacionais, destacando a encomenda por parte do GNRation – Theatro Circo de Braga, com o desafio proposto de compor música original para curtas-metragens do realizador francês Jacques Tati. Em Novembro de 2019 o jornalista Nuno Rogeiro, no seu programa “Leste-Oeste” na Sic Noticias, elegeu o Indigo Quintet como sugestão da semana.
O segundo álbum intitulado “Labirindigo” sairá em 2021.
Alberto – Olá boa noite. Bem-vindos, mais uma vez a “Um Sofá, Uma História”. Desta vez com Jorge Castro que é um dos músicos do Indigo Quinteto. Jorge bem-vindo mais uma vez ao Clav, foi um prazer ter-vos aqui, não só pela capacidade humana que vocês têm, mas também pelo lindíssimo espetáculo que deram. Para começarmos, há quantos anos é que o projeto existe?
Jorge – Muito obrigado. Ok. O projeto começou em 2018, através de uma ideia que eu e o Pedro Teixeira que toca oboé e corne inglês tivemos, começou mais ou menos com um duo, digamos assim, longe de nós pensamos que ia evoluir para um quinteto, depois falamos com um amigo de infância que é o Ricardo Januário de violoncelo e começamos os três esta odisseia. Depois contactamos o Pedro Oliveira de bateria que também já era nosso amigo há muitos anos, que aceitou logo trocar connosco, no final do processo, ainda no inicio, tocávamos com um guitarrista que é nosso colega no conservatório onde eu e o Pedro damos aulas, o conservatório do Bonfim, que é o Roberto, é um guitarrista espanhol e que foi ele que gravou o primeiro disco, o nosso primeiro disco ainda em 2018. Mas, depois por causa de algumas vicissitudes que se passaram, ele teve de sair do projeto e então chamamos o Tiago Machado que não gravou o primeiro disco mas que desde o primeiro concerto já foi com o Tiago que nos tem acompanhado desde 2019, à cerca de dois anos, a acompanhar este processo.
A. – Aquilo que eu posso dizer e aquilo que eu conheço, felizmente, todos os músicos posso dizer que é um quinteto muito bem servido. Vamos começar pelo primeiro CD. Então, como é que me consegues caracterizar esse primeiro trabalho?
J. – Obrigado. É assim, esse primeiro trabalho tem muitas particularidades. Em primeiro lugar, nós no primeiro trabalho, como este projeto tem uma grande dose de improvisação e nós pensamos muito também por causa da nossa vertente do conservatório e clássica de todos, pensamos muito como se fosse um grupo de música de camara, erudito, não é? Embora sem um cerco obviamente. Então decidimos na altura de gravar todos juntos, ou seja, para este estilo de música não é nada fácil mas, para nós, fazia todo sentido por causa da reação que é necessário ter por essa capacidade de improvisação que nós temos que ter e de reação ao momento e a nível de dinâmicas isso também tem a ver com o facto dos próprios instrumentos, principalmente os instrumentos que são os grandes solistas do nosso quinteto, além da guitarra mas principalmente por causa do Pedro que toca corne inglês e do Ricardo que toca violoncelo. Então decidimos gravar todos em conjunto como se fosse um concerto ao vivo, claro que com isso acarretando alguns problemas de gravação por exemplo: a bateria entra nos microfones todos, pronto aquilo agora para não estar a falar de coisas técnicas, não vale a pena.
A. – Se queres que eu te diga para mim é dos processos a nível de gravação mais interessantes eu prefiro que seja assim pessoalmente do que propriamente aquela mecânica ali com o clique.
J. – Sim, sim, exatamente e para a nossa música está mais virado para projetos de pop rock e para o nosso estilo musical faz todo sentido que seja assim, e de certa forma também foi a maneira também de nós nos sentirmos mais confortáveis em fazer música, reagir ao momento porque nós raramente ou quase nunca, mesmo, tocamos música exatamente igual e mesmo solos. Ok, a estrutura está definida, mas deixamos sempre ali um “pozinho de perlimpimpim” como se costuma dizer para margem. Lá está, é um risco, estamos sempre ali na berlinda, às vezes pode correr bem como pode às vezes descambar. Graças a Deus nunca descambou, estamos sempre ali na berlinda, mas também é essa motivação e esse risco e essa dose de fazer algo imprevisível que acho também que o público reconhece esse mérito e esse trabalho.
A. – Eu sei que vocês estão a preparar um próximo trabalho. Como é que está a ser esse processo ao nível de criação?
J. – Sim. É assim, atualmente, em relação ao primeiro disco, o processo está a ser muito diferente porque como eu disse à bocado no primeiro disco não tínhamos o Tiago, era com outro guitarrista, obviamente já tinha uma visão bastante mais restrita, erudita do termo da guitarra e com o Tiago Machado estamos mais livres, digamos assim, embora o guitarrista o Tiago também tem conservatório, é licenciado em guitarra e domina bastante esse instrumento musical mas como já tem outro background de bandas, de vários projetos e porque nós achamos que o nosso estilo musical ficaria melhor servido com guitarra elétrica porque no nosso primeiro disco foi gravado essencialmente com guitarra acústica. Pronto, e então com o Tiago a maneira de compor tornou-se bastante diferente. Costumo dizer em tom de brincadeira que na nossa banda impera um certo socialismo composicional, ou seja, o que é que isto quer dizer? Que é de forma, obviamente tem sempre alguém uma base ou uma ideia de um tema e um tema idealizado mas também por outro lado temos essa riqueza que é, eu posso ter o tema idealizado na minha cabeça e pensar que é assim, mas obviamente misturando todas as influências, todos os anos de estudos, os instrumentos, obviamente, as pessoas reagem de maneira diferente aquilo que nós temos na cabeça e aquilo que o tema pode ou não dar. E então essa riqueza que nós temos é muito importante e o processo composicional flui de uma maneira bastante natural. Às vezes temos uma pequena base improvisamos e isso leva-nos a outra parte e a coisa vai construindo naturalmente, ou por vezes temos alguém que já faz o tema quase todo de início ao fim, é só fazer uns pequenos ajustes e a coisa aparece.
A. – Consegues-me identificar as grandes influências do projeto? As grandes influências musicais, se houverem? Porque vocês hoje pegaram um bocadinho no Piazzolla, notava-se ali.
J. – Sim, as influências são mais do que muitas, são imensas.
A. – Isto também porque todos vocês têm carreiras diversas como acabaste de dizer, o Tiago Machado além da formação clássica já passou pelo Rock, já passou pelo Folk, já passou pelo jazz também, o Pedro Oliveira também tem essa capacidade, pronto, vocês os três também isso faz com que a vossa música seja rica? Por falar nisso, eu tive uma pequena entrevista com um promotor de rádio antes do concerto e que ele me dizia “oh pá, isto é porreiro, isto é fabuloso e isto vai longe” e é um indivíduo que segue a música há 40 anos e ele dizia mesmo que este cruzamento, esta influência toda, vocês conseguem trazer cá para fora. É uma sonoridade interessante. É isso mesmo? Estas várias influências fazem com que isso aconteça?
J. – Sim, são as influências, mas principalmente, na minha opinião, são as vivências musicais que acho que fazem a diferença. Obviamente que todos estudamos no conservatório, tirando o Pedro Oliveira, e isso nota-se, mas por outro lado entendemos que isso não se note, mas as influências são muitas. O Pedro embora estudou e fez a licenciatura em Oboé e corne inglês, mas sempre ouviu jazz desde pequeno, eu também sempre ouvi jazz. Aliás, o contrabaixo não é o meu primeiro instrumento, o meu primeiro instrumento foi o baixo elétrico. Também tive bandas de rock, cheguei a ter uma banda de metal também.
A. – Tinhas cabelo grande na altura, não é?
J. – Não, nunca tive muito cabelo, não corro esse problema. Nem nunca gostei muito de usar t-shirts pretas e tal não. Era baixista de metal, mas saía fora dos canons. Não há fotos minhas com cabelo grande felizmente, não há, nem nas profundezas do Google existe, não.
A. – Bem, vamos aqui pensar numa situação, como é que foi para vocês este último ano?
J. – É assim, nós não nos podemos queixar muito, obviamente que perdemos imensas oportunidades com a questão da pandemia do covid, vários concertos importantes, tínhamos concertos marcados para fora de Portugal, que é sempre um marco ir ao estrangeiro, que foram cancelados. Íamos ao festival Paredes de Coura, também foi cancelado, e são as oportunidades que nós nunca sabemos obviamente e infelizmente se vão surgir novamente. Esperamos que possam surgir novamente, mas continuamos nosso caminho. Mesmo com a pandemia do covid tivemos vários concertos importantes, em que se realça principalmente a encomenda que o genaration Braga nos fez e o desafio que nos fez para musicar duas curtas-metragens de Jacques Tati. Foi um desafio enormíssimo pegar em duas curtas, principalmente duas curtas não muito conhecidas do realizador francês, em que fizemos toda a música original durante uma hora para as duas curtas, e o espetáculo foi estreado em outubro com grande sucesso e que foi um desafio enorme e que nos levou a outro para patamar porque, para compor para filme, temos de ter certas vicissitudes. Porque uma questão é estares a ver um espetáculo musical que é só a banda, isso é uma coisa, agora compor para filme em que tens a banda a tocar em tempo real, mas tens uma tela, obviamente tivemos de ter outro tipo de sensibilidade para a música também deixar respirar o filme e também foi uma grande luta que nós tivemos, no sentido de deixar a nossa musica respirar mas também o filme respirar e acho que foi um espetáculo muito bom que nós podemos fazer parte. E agradeço desde já ao Luís Fernandes, o diretor do generation, que nos fez o convite e foi uma oportunidade de ouro que nós tivemos e que nos levou a outros concertos. E depois também tivemos algum espaço mediático, com o jornalista da Sic o Nuno Rogeiro, que teve amabilidade de partilhar um concerto nosso e falar sobre nós no seu programa semanal ao domingo na SIC Notícias e que nos fez também levar para outro patamar e obviamente a nossa música chegou a muita gente que nós se calhar não podíamos chegar sem essa promoção. Principalmente, e porque agora com a tecnologia é mais fácil, como Spotify e essas plataformas digitais, e com essa promoção que nós tivemos, deu para ver que a nossa música já há muita gente que a ouve em Portugal, mas também lá fora. Em Portugal, este quinteto em particular, o panorama cultural português é bastante reduzido, e o nosso nicho de mercado ainda mais reduzido é porque nós não somos músicos de jazz como costumo dizer federados, não somos do jazz, somos do erudito, mas não estamos a fazer música erudita, não somos do rock, não somos do pop, porque há sempre esta tendência meter a música que é feita por alguém numa caixa. Nós não somos nada e depois também não há uma grande, em Portugal pelo menos, não há uma grande tendência, uma tradição de ouvir músicas instrumental em Portugal, tirando o jazz puramente dito, jazzístico. Então, nós estamos neste, digamos assim, não queria utilizar esta palavra, mas estamos num limbo, não é?
A. – Se calhar, já pensaste que provavelmente isto será um sucesso, não é?
J. – Sim. Esperemos que sim. Para já está a ser porque, principalmente, temos este quinteto que é uma formação original a nível mundial.
A. – Que sai fora da caixa, não é? sai fora daquilo que é normal. Tem uma sonoridade apelativa porque eu costumo, é a minha opinião, às vezes temos aquela mania de estar a dar marcas, a linguagem musical, ao pop, é isto ou é aquilo e tu acabaste de dizer que nós não estamos em lado nenhum, se calhar estão, é na música, é música não é?
J. – Sim, sim. Exatamente e isso é o mais importante, só que nem toda a gente pensa assim.
A. – Sabes que, provavelmente, há muita gente que agora pensa assim, mas o que importa é que seja música, seja música e que as pessoas gostem e gostem daquilo que estão a ouvir, e o vosso som, na minha opinião e é só a minha opinião, é um som muito bom. Vou ser aqui um bocadinho provocatório, não sei se me permites isso?
J. – Obrigado. Força.
A. – Como é que tu tens, e como é que vocês têm, visto o papel do estado neste último ano ao nível do processo no apoio as artes ou a esta indústria artística?
J. – Obviamente, e acho que é de consenso a nível nacional, o estado poderia e deveria fazer muito mais pelo aspeto cultural, mas eu acho que não vem de agora, ou seja, há muita gente que “a cultura é sempre marginalizada porque temos uma Secretaria de Estado e não temos o Ministério” e agora temos um ministério e não vejo, infelizmente, grande diferença. Eu quero acreditar que as pessoas que estão à frente da cultura em Portugal, do ministério da Cultura em particular, estão lá porque querem fazer o melhor pela cultura em Portugal, se calhar, por vezes pode haver algumas forças de bloqueio que eu desconheço que não permite, nós não sabemos a verdade toda dos factos, mas sim, acho que é um problema crônico português de falta de suborçamentação da cultura claramente, acho que isso não estou a cometer nenhuma inconfidência nem dizer algo que ninguém saiba, e acho que toda a gente que há uma suborçamentação da cultura crónica e principalmente em Portugal nós temos outro grande problema, acho eu, além do problema estatal da cultura também temos uma grande falta de desincentivo a privados em Portugal. Nós vamos a qualquer país seja Espanha, França, Alemanha, e acho que é aí que nós temos de nos valorizar, pôr as metas com os grandes países que vivem da cultura. Nós não temos estatuto cultural intermitente em Portugal como temos em França. Nós não temos esse estatuto. Foi prometido que ia agora com a pandemia logo em março do ano passado que ia ser feito, até hoje, infelizmente, não tivemos notícias, e principalmente nós em Portugal não temos a questão de mecenato, ou seja, nós estamos sempre dependentes, infelizmente, que o estado resolva os problemas. Obviamente, o estado tem a sua cota de culpa claro, claro que sim, e volto a frisar não é de agora é crónico, mas também em Portugal não existe ou poucos mecenas existem a apoiar a cultura em Portugal, e isso com a falta de apoios estatais os municípios, muitos deles, já fazem imenso pela cultura, outros não tanto como é óbvio, mas isso são políticas que não cabe a mim julgar, mas eu acho que esta dicotomia entre a falta de orçamento crônico na cultura da parte estatal e também a falta de mecenato faz com que a cultura seja algo, no setor da sociedade, que é tão importante mas que está em grandes dificuldades e totalmente estrangulado.
A. – Muito bem. Para finalizarmos, não podia deixar de finalizar esta conversa com uma provocação, não é bem pessoal.
J. – Mais uma? Estou a brincar.
A. – Não é uma provocação bem pessoal, mas quase que é. O que é que um Bracarense tem a dizer a um Vimaranense?
J. – É assim, eu sou de Braga, natural de Braga e gosto muito da minha cidade, não tenho qualquer problema em dizer que gosto muito de Guimarães. Desde criança que os meus pais vêm cá Guimarães, meu pai também sempre trabalhou cá em Guimarães, gosto muito de Guimarães, gosto muito das pessoas Guimarães, e até gosto muito, embora seja adepto do Sporting Club de Braga, gosto muito do caráter do Vitória de Guimarães, não tenho qualquer problema em dizer, o facto de ser adepto do Braga, gosto muito da questão do Vitória, e acho que estas duas cidades tão próximas acho que perdem imenso neste, desculpem a expressão, bairrismo. Certas vezes bacoco. Acho que as cidades tinham tudo para serem ainda mais fortes. Eu nem falo da cultura, falo em tudo. Serem ainda mais fortes no nosso país se se unissem mais e se não houvesse esta guerrilha. Não é só no futebol, acho que é um bocado em tudo, volto a frisar, já toquei muitas mais vezes em Guimarães do que em Braga na minha carreira porque eu pertencia à Orquestra Estúdio na Capital Europeia da Cultura em 2012. Foi um ano inesquecível para mim e que, infelizmente, o projeto acabou no final dessa capital, e continuei a tocar na orquestra de Guimarães agora já não toco e adoro Guimarães e acho que Guimarães tem uma grande vivência cultural que é de louvar com várias iniciativas, principalmente o Guimarães Jazz e, portanto, para mim como Bracarense não me senti nada provocado por essa tua afirmação.
A. – A perceção que eu tenho, é uma perceção muito positiva, que é que efetivamente essas guerrilhas antigas já desapareceram, não é? Aliás.
J. – Desculpa interromper-te Alberto, se formos a perguntar a qualquer pessoa porque é que há este confronto entre Braga e Guimarães é quase como perguntar o que é que nasceu primeiro? A galinha ou o ovo? Ninguém consegue dizer cabalmente “foi ali que começou”, já ouvi tantas histórias que é aquilo…
A. – Aquilo que eu me lembro é a minha mãe dizer e diz “de Braga nem bons ventos nem bons casamentos”.
J. – Mas isso também diz o pessoal de Braga diz isso de Guimarães, portanto. E há a expressão “vai para abaixo do Braga”.
A. – Muito bem. Caríssimo amigo, agradeço-te imenso a tua presença aqui. Foi um prazer imenso ter-vos cá, costumo finalizar sempre esta conversa da mesma forma, eu acho que o pessoal já está farto de me ouvir que é, sempre que precisarem de nós, nós estamos aqui para vos receber e naquilo que a gente puder fazer nós cá estamos porque esta casa é a vossa casa é a casa dos artistas. Obrigado por terem vindo e mais uma vez um grande abraço para vocês todos, e já agora, para que não nos levem a mal um grande abraço para Braga.
J. – Obrigado novamente pelo convite. Muito obrigado.