Entrevista. Alba Baptista: “Se não tivesse feito novelas não tinha sido capaz de aguentar o ritmo da “Warrior Nun”
Com 22 anos, Alba Baptista torna-se a primeira atriz portuguesa a protagonizar uma série original da Netflix. “Warrior Nun” estreia hoje em todo o mundo.
A poucos dias de ser lançada a série “Warrior Nun”, Alba Baptista mostra-se “entusiasmada e um pouco intimidada com a receção do público”. A série conta a história de Ava, uma jovem rapariga que ressuscita dos mortos, com superpoderes, e se junta a uma sociedade secreta de freiras que caçam demónios. “Passa por sci-fi, fantasia, época, ação… Há bastantes fatores para um vasto público gostar”, revela Alba.
As gravações decorreram em Málaga, Espanha, e os ensaios começaram um mês antes do início das filmagens. Alba sentiu-se bem recebida pela equipa. “Foi um luxo nesse aspeto. Foi um ritmo bastante alucinante mas foi muito recompensador. O elenco era muito internacional e também temos outro português, o Joaquim de Almeida”, ator com que Alba, confessa, partilhou várias conversas… sobre café. “Falávamos de coisas mais convencionais em vez de conversas mais profundas e existenciais. O café foi aquele melhor amigo nas filmagens, a partir de um certo ponto”, admite Alba, entre risos.
Alba Baptista estreou-se em televisão em 2014, com a novela “Jardins Proibidos”, na TVI. Depois de alguns papéis em cinema, chegava a aventura da televisão mas, hoje em dia, Alba admite que “não está nos planos” regressar às novelas. Como próximos objetivos, a atriz traça como meta “o cinema europeu, como o francês e o alemão”. A “fábrica das novelas” é bem conhecida de Alba Baptista. A atriz reconhece que se “fabrica muito” neste formato mas que “seria um passo na direção certa” apostar em menos episódios e numa maior qualidade. Ainda assim, garante que “qualquer ator irá concordar que são uma escola fantástica” e remata que “se não tivesse feito novelas não teria sido capaz de aguentar o ritmo da “Warrior Nun”.
Quando questionada sobre como foi possível chegar até à Netflix, Alba relata que “é preciso trabalhar muito. Ganhar conhecimento dentro da área para, eventualmente, ter uma bagagem profissional para internacionalizar… e a partir daí é lutar num mundo maior que o nosso. E não desistir”. Para além dos atores, Alba mostra-se “positiva” sobre a possibilidade do “cinema, escritores, argumentistas e produtores” estarem “cada vez mais próximos do que se faz lá fora”.
Escrito por Francisco Correia, José Paiva e Rodrigo Nogueira, cenário de Dead Mongol, com produção de Diogo Fernandes e a animação e ilustração a cargo do próprio Chico, todas as semanas há conversas animadas, sempre em casa.
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